Capítulo 12 - Cris

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Eu ia estrangular meus homens, cada um dos malditos, até mesmo os que não estavam envolvidos naquela brincadeira!

Porra como eu ia passar a noite vigiando a mulher vestida com aquela coisa? O tecido de seda preto se moldava as suas curvas e a cada movimento dela tudo ficava mais evidente e sensual. A camisola estava no meio de suas coxas, deixando pele demais disponível as minhas vistas, como uma deliciosa tentação, me lembrando do que eu não poderia ter.

Tentei manter minha mente no lugar, me concentrar em servir o jantar e esquecer que ela estava usando aquele pedaço de pano, mas assim que coloquei o garfo em sua boca ela gemeu fechando os olhos e sugando tudo em seu caminho.

Droga! Seria uma longa noite e Elizabeth não estava facilitando para mim.

Quando um ultimo fio de macarrão sujou seu queixo eu não me contive e levei o polegar até sua pele, os olhos dela se abriram me encarando no mesmo segundo que eu levei o molho a boca, limpando meu dedo.

- Não se pode desperdiçar algo tão bom, não é? Quer fazer isso aqui ou lá no quarto? - ela me encarava paralisada e quando fiz minha ultima pergunta seu queixo caiu em completo choque. - Comer Elizabeth, quer jantar aqui ou no quarto?

Assisti ela engolir com dificuldade e piscar rapidamente, tentando voltar a si e finalmente encontrou a própria voz. Podia ser um jogo sujo bagunçar a cabeça dela com todos aqueles trocadilhos, mas estava apenas tentando equilibrar a brincadeira já que a mulher era uma maldita tentação.

- Aqui... é melhor aqui. - ela tossiu se virando e procurando a banqueta para se sentar. - Não quero que nada acorde Angel ou ela não vai voltar a dormir.

- Tudo bem, pode ir se servindo enquanto eu pego o vinho. - murmurei me afastando, mas senti o olhar dela seguindo os meus movimentos.

Peguei rapidamente a garrafa que já havia escolhido e as taças, levando de volta para a bancada, mas me arrependi no instante que ela se curvou na banqueta para colocar a massa em seu prato.

Não sei se Elizabeth estava consciente do decote ficando mais profundo e deixando claro que ela não estava usando um sutiã por baixo. Respirei fundo e enchi minha taça virando o conteúdo de uma vez antes de servi-la.

- Você deveria estar bebendo? Estando de serviço e sendo o único segurança aqui?

- Precisa mais do que uma taça de vinho para me afetar. - sorri para ela me sentando ao seu lado e me servindo também.

Elizabeth olhou incerta para a taça de vinho a sua frente, encarando o objeto com tanta intensidade que eu cheguei a achar que estava apenas me evitando, mas então ela começou a comer conversando comigo.

Ela me perguntou de como eu aprendi a cozinhar e acabamos falando sobre as nossas famílias, ou ao menos o que ela podia saber da minha, tudo o que contei era verdade ao menos, eu tinha um pai, minha mãe morreu quando éramos pequenos e eu estava distante da família há alguns anos, desde que sai da Itália.

Já havia lido no relatório sobre ela que havia ficado órfã muito cedo, por isso assumiu a empresa do pai tão nova e agora com vinte e nove anos era uma das CEO's mais novas do país.

Eu admirava toda a força que ela tinha, não só no meio dos negócios, mas hoje ela havia demonstrado toda a força que era feita, aguentando tudo o que acontece e o que viu em sua casa.

Elizabeth merecia ser amada, ter alguém cuidando dela para variar e eu percebi isso desde o primeiro dia que a vi naquele escritório. Mesmo com toda aquela armadura que ela usava eu conseguia ver o quanto ela também queria isso, mas sua confiança nas pessoas a sua volta era quase inexistente.

Seduzida pelo MafiosoOnde histórias criam vida. Descubra agora