Cheguei em casa quase no fim da tarde e mesmo que tenha passado o dia trancada dentro do escritório, a sensação de estar sendo observada, de ter olhos em mim não me deixou o dia todo, ficava a todo instante olhando sobre o ombro a procura de alguém, esperando pegar meu espreitador no flagra, mas não havia nada no último andar da empresa, nada além da minha sala e da vista da cidade.
Deveria me sentir mais calma e segura depois de adentrar os portões da minha propriedade, mas não era assim que me sentia. O medo continuava ali e eu detestava me sentir assim, mas ser atacada dentro da própria casa destruía a confiança de qualquer um.
— Boa noite senhora. Oie anjinho. — Zoe, a babá foi a primeira a me receber já pegando Angel dos meus braços e seguindo com ela para o andar de cima.
Eu olhei em volta procurando minha governanta ou algum dos seguranças que ficavam na porta desde a tentativa de homicídio que sofri, mas nenhum deles estava ali.
— Emily? — chamei caminhando devagar pelo corredor, até a sala de estar.
A falta de resposta e o silêncio na casa me fez parar e tirar meus sapatos, se estava acontecendo alguma coisa ali eu não podia deixar que me ouvissem chegando.
Meu pensamento correu por todos os cenários e eu não pude deixar de me arrepender de ter entregado Angel tão rápido, deveria ter desconfiado que algo estava errado desde a porta.
Ergui meu sapato quando alcancei a entrada da sala de jantar, vozes baixas finalmente me alcançaram e eu segurei com ainda mais firmeza a base do salto me escondendo do lado de fora.
— Tudo bem senhor. — ouvi a voz de Emily tranquila e passos soaram em direção a porta. Não podia acreditar que ela havia se vendido para o desgraçado também.
Quando um vulto passou ao meu lado eu não pensei, apenas desci meu braço com o salto pronto para afundá-lo no infeliz. Mas com uma rapidez surpreendente meu pulso foi agarrado e eu fui empurrada contra a parede.
— Me solta seu desgraçado! — gritei me debatendo e uma mão segurou minha cintura com firmeza me impedindo de lutar. — Seu pedaço de merda, você deveria estar morto!
— É bom saber que você está disposta a se defender. — a voz que me atingiu não era a de quem eu esperava e eu parei de me sacudir no mesmo instante.
Meus olhos praticamente saltaram das orbitas quando eu dei de cara com Cris na minha frente, segurando meu pulso com tranquilidade e a outra mão na minha cintura me mantendo presa a parede.
Ele tinha um sorriso nos lábios e o mesmo brilho naqueles olhos castanhos. Será que ele parava de sorrir em algum momento, chegava a ser irritante vê-lo parecendo tão feliz da vida a todo instante.
— Meu Deus, o que... como você entrou aqui e... não deveria aparecer amanhã? — eu ainda estava desnorteada com o ataque e a rapidez dele, não conseguia nem mesmo assimilar meus pensamentos que dirá formar uma frase completa.
— Eu te prometi que hoje você poderia dormir em paz que estaria segura. Cheguei aqui no começo da tarde, derrubei seus homens com facilidade e demiti a todos...
— Você o que? — eu o interrompi ainda perplexa com a última informação.
— Teria mandado embora a babá também, mas sua secretária me confirmou que você confia nela e que Angel já se apegou a ela. — ele continuou como se eu não tivesse dito absolutamente nada. — Troquei seu sistema de segurança, mudei suas câmeras, instalei novas formas de defesa na propriedade, vou explicar tudo melhor para você depois. O que me lembra de mais uma coisinha.
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Seduzida pelo Mafioso
RomantizmCris Rossi nasceu para ser o Don da Cosa Nostra, mas escolheu trocar de lugar com o irmão gêmeo e fugir dos seus deveres. Elizabeth, é uma CEO bem sucedida, que precisa de proteção para si e para sua filha. E faz questão de contratar a melhor equipe...