Eu estava encarando Zoe naquela cama de hospital, a pobre mulher parecia ter tido sua alma sugada de tão abatida que estava, perdeu tanto sangue naquele dia e durante a cirurgia que não havia se recuperado ainda, estava branca como um papel.
Aquilo era minha culpa, trazer Nathan para a minha vida não havia sido um problema apenas para mim e minha filha, mas todos ao nosso redor pareciam sofrer com isso.
- O que aconteceu no dia do ataque Zoe? - a voz de Cris soou atraindo meu olhar, mas ele estava tão concentrado nela, com um olhar desafiador e não de compaixão, que meus olhos rapidamente se voltaram para ela. - O que tinha de tão importante para me contar?
Zoe ficou ainda mais tensa, a mão que eu segurava se enrijeceu e eu soube que Cris estava certo, havia acontecido algo muito errado e ela estava envolvida.
- O que você fez, Zoe? - perguntei de uma vez por todas e vi seu queixo começar a tremer, mas ela não teve a coragem de olhar para mim, continuou com os olhos focados em Cris.
- Eu... Nathan me procurou, mas ele só queria notícias da Angel, só desejava saber como a filha estava. - meu sangue gelou em minhas veias e eu senti como se meu mundo parasse de girar por alguns segundos. - Era injusto o que fizeram, arrancando ele assim de perto da menina...
- Era injusto? - eu gritei, explodindo de uma forma que nunca tinha feito e Cris correu para o meu lado, com toda a certeza prestes a me segurar. - Injustiça deixar o homem que me envenenou longe da minha filha?
- Sei que ele errou, não estou tentando justificar o que ele fez com a senhora, mas... era a filhinha dele, ele merecia vê-la e ter notícias dela. - Zoe continuou com aquele discurso que mais parecia conversa de lunática.
- Eu quase morri ao lado dela! Ele me envenenou e me deixou para morrer com Angel ao lado! - gritei não me importando se os médicos, enfermeiros ou seguranças apareceriam ali. - Ele planejou isso para que eu fosse encontrada por ele muito tempo depois e tudo por causa de um maldito dinheiro!
- Ele não...
- Não ouse defendê-lo de novo sua burra inconsequente! Tem ideia do que essa sua estupidez poderia ter causado? - me curvei sobre ela, segurando seu olhar com um desejo assassino se espalhando por meu corpo. - Eu espero para o seu bem que nunca tenha o deixado ver Angel nesse período, do contrario eu vou processar você de um jeito que nunca mais vai sair da cadeia.
Senti a mão de Cris se alojar na base da minha coluna, como se quisesse me acalmar daquela forma, mas nada nesse mundo me faria acalmar na frente daquela mulher.
- Você tem que me entender, Elizabeth, nunca quis que ninguém se machucasse.
- Não me chame assim e eu não tenho que entender nada! Deveria ter deixado Cris chutar sua bunda para a rua no primeiro dia dele. - me virei querendo ir embora, pronta para riscar aquela criatura da minha vida, mas ela me fez estancar no segundo passo.
- Eu me apaixonei. - ela jogou no ar fazendo a confusão tomar minha mente por completo e tudo o que fui capaz de fazer foi virar o rosto. - Depois que ele me procurou nós começamos a sair e nos envolver, eu acabei me apaixonando.
- E foi você quem deu todas as informações para ele no dia do ataque. - Cris a acusou me fazendo ver que era ainda pior do que eu imaginei. - Você viu o plano, Emily disse que confiava em você e por isso ficou na sala de jantar enquanto eu explicava tudo a ela. Sabia onde meus homens estavam posicionados e o horário das trocas de turno, que foi exatamente quando atacaram!
- Eu... eu nunca quis... sei que coloquei a vida de Angel em risco e que um dos seus seguranças morreu. - ela tentava manter contato visual com ele, fugindo de mim, que a fuzilava com os olhos. - Mas eu nunca quis que ninguém se machucasse, de verdade.
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Seduzida pelo Mafioso
RomantizmCris Rossi nasceu para ser o Don da Cosa Nostra, mas escolheu trocar de lugar com o irmão gêmeo e fugir dos seus deveres. Elizabeth, é uma CEO bem sucedida, que precisa de proteção para si e para sua filha. E faz questão de contratar a melhor equipe...