Capítulo 21 - Cris

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- Nós temos que encontrar uma babá, Angel não pode continuar passando o dia no trabalho comigo e com você! - tínhamos chegado em casa há alguns minutos e ela não parava de repetir a mesma coisa.

- E porque não? - questionei sabendo que ela ia voltar a tagarelar, querendo fugir da verdade.

- Porque ela precisa de uma rotina, precisa de um horário de almoço, da soneca, o momento do banho. E ela não tem nada disso lá no escritório, mesmo que você consiga parar tudo para almoçar com ela.

Sorri agarrando sua cintura e a puxando para mim. Com um beijo rápido em sua nuca eu a virei encarando a expressão de raiva, mesmo que ela não estivesse sentindo isso de verdade.

- A verdade é que você está tão apaixonada por mim, que não resiste e acaba largando o trabalho para me ver brincar com a Angel. - a provoquei, antes de ser atingido por seu quadril, em uma tentativa dela de se afastar de mim. - Onde pensa que vai mocinha? Não pode fugir de mim, esqueceu?

- Claro que posso, principalmente quando você tem essas idéias malucas.

- Ah Elizabeth, até quando vai continuar negando? - ela revirou os olhos, mas parou de tentar escapar dos meus braços. - Um dia você vai assumir que me ama e depois não vai conseguir parar de dizer.

- Acho que você acordou muito iludido hoje, ou bateu com a cabeça em algum lugar. - Lize se virou dentro do meu abraço. - Você nunca vai me ouvir dizer essas palavras.

Sorri sabendo que mesmo ela negando o que sentia com todas as letras, ou nos momentos em que fingia não sera afetada quando eu dizia que a amava, ainda sim eu tinha a certeza dos seus sentimentos por mim. Nem toda a negação dela me faria pensar o contrário.

- Vai ser lindo te ouvir dizer isso pela primeira vez, vou fazer questão de gravar para poder ver de novo. - plantei um beijo em sua bochecha. - E de novo, de novo e de novo. - repeti beijando cada pedacinho do seu rosto até que ela estivesse sorrindo.

Eu era capaz de qualquer coisa para manter aquele sorriso no rosto dela, para tê-la sempre assim feliz e leve, tão diferente da mulher que vi quando cheguei a essa casa.

Elizabeth estava recuperando o seu brilho novamente e eu adorava cada dia que ela parecia ainda mais iluminada, destemida e implacável, como uma força da natureza, ela era ainda mais forte quando confiava em mim para ouvir seu choro e suas inseguranças, mostrando que apesar de tudo ela reaprendeu a confiar, e demandava uma força imensa para permitir que outra pessoa a visse sem sua armadura.

- Odeio separar os pombinhos. - a voz de Adam nos alcançou em nossas bolha, me fazendo revirar os olhos. -Mas Patrick está te procurando, já ligou várias vezes e você não atendeu.

- O que aquela fera rendida quer agora? - bufei pegando meu celular e conferindo mesmo as várias chamadas perdidas. Eu estava passando tanto tempo na linha de comunicação com meus homens, que até me esquecia de conferir o aparelho.

- Vá descobrir o que seu amigo quer, eu vou cuidar da Angel para jantarmos. - ela me deu um selinho rápido, já se afastando, mas eu a agarrei pela cintura antes que fosse longe e a beijei de verdade, com vontade, enfiando minha língua entre seus lábios como uma promessa do que faria mais tarde com seu corpo.

Elizabeth suspirou quando finalmente a soltei e saiu sacudindo a cabeça com um pequeno sorriso nos lábios.

- Não vou demorar! - gritei já tocando no número de Patrick, quanto antes soubesse o que ele queria mais rápido voltaria para nossa rotina perfeita. Não queria perder o jantar e muito menos a hora da história. - E então, não me diga que Sophie fugiu de você de novo?

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⏰ Última atualização: Feb 18 ⏰

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