XIV. O caminhão de ouro

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Uma voz distante me chamava.

-Dalia? Acorda!

Eu abri os meus olhos, Percy que me chamava.

-Pensei que tivesse morrido! -Ele diz.

-Qual a parte do "eu não sei nadar" que você não entendeu? -Pergunto levantando.

Eu e Percy estávamos na ilha, não sei se é exatamente isso.

-Como que a gente veio parar aqui? -Pergunto.

-Eu não sei. -Ele diz.- Talvez.. Eu tenha usado meu poder de água, ainda to entendendo como funciona.

-Obrigado.

Agora o próximo passo, pegar o escudo.

-Como a gente vai tirar ele de lá? -Percy pergunta.

-Essas coisas tão conectadas.. -Digo.- É uma máquina mas... como a gente liga ela?

***

-Era um presente -Percy diz.- Com segundas intenções, o Hefesto ofereceu pra Hera, Mas assim que ela se sentou ela não conseguiu levantar, Todos os Deuses tentaram mais a máquina era esperta, ela era forte. Era muito difícil até mesmo pra eles. Finalmente disseram que se Hefesto libertasse a Hera, Afrodite viraria a esposa dele. A cadeira é permuta, um de nós fica e o outro pega o escudo.

-Eu fico.

Digo indo até a cadeira.

-Que!? Pode ir parando! -Percy diz me puxando.

-Quem for ficar não vai conseguir sair! Achei que tava claro

-Eu sei, por isso eu pedi pra parar

-Aqui não é arco, peixe espada. Não vai conseguir me empurrar da escada.

-Eu vou sim!

-Não tenho tempo pra discussão. -Digo indo para o trono.

Quando eu estava prestes a sentar no trono Percy me empurra, me fazendo cair no chão e senta no meu lugar.

-Percy! O'que tá fazendo!

-É pra isso que você tá aqui! Eu escolhi por que você não exitaria em me sacrificar. As parcas tinham razão, não tem como a gente evitar, a gente escapou lá no arco por pouco mas.. Não é o tipo de coisa que dá pra escapar pra sempre.

-Percy levanta logo!

-Você é melhor nisso do que eu! E você sabe disso. Quero que me prometa uma coisa..

-Não vou sair do mundo inferior sem sua mãe.

-Obrigado. Mas eu ia dizer pra quando acabar a missão  você pode voltar aqui pra me tirar dessa coisa?

-E você precisava pedir?

-Só pra garantir.

O ouro ia tomando conta do corpo de Percy rapidamente.

-Foi uma péssima ideia! -Digo.- Percy levanta!

-Não dá!

-Percy Levanta! É sério

-Tá tudo bem. Eu to bem. Eu to...

O ouro tinha tomado conta de Percy, o escudo do meu pai caiu no chão na mesma hora.

Eu fui até o escudo e peguei. Quando peguei vi as engrenagens do trono, quando eu vi soltei o escudo.

Eu mexia nas engrenagens, alguma hora elas teriam que mexer.

Até que uma porta se abriu, quando eu olhei até tentei me esconder.

-Filha de Ares -O homem disse.- Posso ajudá-la?

Eu apenas ignorei e continuei tentando.

-Precisa de ajuda pra encontrar a saída? -O homem pergunta novamente.

O homem, soprou uma flauta e uma escada subiu para ele.

-Você já pode sair -Ele disse.

-Eu não vou embora sem o meu amigo. -Digo.

-É não é bem assim que funciona, é o tipo de coisa que só tem um jeito, não dá pra desfazer.

-Como você sabe?

-Por que eu que construí.

Agora que lascou, o homem era Hefesto. Como eu não me toquei com o "filha de Ares"?

-Eu não vou sair daqui sem o meu amigo. E se você não vai me ajudar, então é melhor me deixar em paz, pra eu conseguir me concentrar.

-Apesar do que seu pai possa ter falado, eu não sou alguém que aceita desaforos. -Hefesto diz.- Sei que seu pai ficou chateado com você recentemente.

Eu que não ia lutar com aquela quimera.

-Nós dois sabemos como ele é. Se você sair daqui com o escudo seria uma heroína, ele ficaria orgulhoso, ele esqueceria da luta que você correu.

-Matar e morrer, Dever e glória e nada mais importa, Meu pai é desse jeito, o Zeus é desse jeito.. mas ele não é assim, ele é melhor do que isso! Talvez eu até fosse assim antes! Mas eu não quero ser assim nunca mais.. Eu não vou ser igual a vocês.

Ele soprou sua flauta novamente e as engrenagens começaram a se mover, quando eu fui para a frente Percy voltava ao normal.

-Percy! -digo, ajudando ele a levantar.- Calma.

-Alguns de nós também não são assim. Você é uma menina boa Dalia. -Hefesto diz saindo.

***

Eu e Percy chagávamos na lanchonete.

Eu estacionei a moto e entramos, dessa vez eu vim apenas nos 90KM! To dentro das leis, eu acho.

Nós entramos na lanchonete e joguei o escudo na mesa.

-O escudo. -Digo.

Meu pai olhou pra mim, ele parecia orgulhoso.

-Cadê nossa carona?

***

Meu pai nos levou até um caminhão.

-Ta zoando? -Percy diz.

Meu pai estralou os dedos e as porta do caminhão abriu.

-Entrem.. ou não. -Meu pai diz.- Eu não to nem aí. Mas em algumas horas esse negócio vai tá no cassino Lotos em Vegas. É só fazer tudo certinho que o motorista vai deixar vocês em Los Angeles. Toma. -Meu pai diz, jogando uma mochila em Percy.- Roupas, Dinheiro... Eu ia desejar boa sorte pra vocês mas não ia adiantar nada né.

Eu resolvi subir no caminhão logo, pra verificar o'que tinha lá dentro.

-A gente não vai fracassar. -Percy diz.

-Relaxa, o seu pai tem vários filhos abandonados por aí depois de ter perdido todo o interesse. -Meu pai diz.- Você vai ter muita companhia moleque.

-A gente não vai fracassar. -Percy diz.- Eu cansei de ouvir você falar isso.

-Percy... -Grover diz.

-Você acha que sabe quem eu sou. -Percy continua.- Mas não sabe. E se não tomar cuidado, você vai descobrir.

-Percy! -Digo.

-Então... -Grover diz.- Valeu pelo abuso psicológico, pelo hambúrguer e pela carona. A gente vai aceitar a carona, tá?

Grover, Percy e Annabeth subiram no caminhão, se juntando a mim.

-O cara, será que não tem como arranjar um papel toalha pra gente? -Grover pergunta.- Tá meio sujo aqui dentro.

-Boa sorte Dalia. -Meu pai diz estralando os dedos, fazendo a porta se fechar.

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Oii! Espero que tenham gostado do cap! Mt obrigado pela leitura!

𝑨 𝒇𝒊𝒍𝒉𝒂 𝒑𝒓𝒆𝒇𝒆𝒓𝒊𝒅𝒂 - 𝒑𝒆𝒓𝒄𝒚 𝑱𝒂𝒄𝒌𝒔𝒐𝒏Onde histórias criam vida. Descubra agora