IX. O filhote de uma mulher branca

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O policial nos levou para o restaurante, colocou a gente sentado na mesa com outra policial vigiando a gente. Haja paciência, era só eu pegar minha espada e matar eles, mas nãooo a minha ideia não foi aceita.

-A gente só tá enchendo linguiça pra descobrir se esse cara é algum tipo de lobisomem, né? -Percy pergunta.

A mulher que falou que era a gente tava falando com o policial.

-Acho que ele não é o monstro. -Annabeth diz.

-Eu acho que é ela, ou não. -Digo.- Ela é uma velha branca, então é difícil dizer.

-Não sei dizer. -Grover diz.

-Se ele não for o monstro o'que aconteceu aqui? -Percy pergunta.- Por que alguém destruiria nosso quarto?

-Talvez estivesse procurando alguma coisa. -Grover diz.

-A gente não tem nada. -Percy diz.

-A galera que acha que você roubou o raio mestre de Zeus discorda disso aí. -Digo.

-Entendi. -Percy diz.

-Escuta, ninguém vai achar uma coisa que a gente não tem! -Grover diz.

-Ainda sim, a gente não pode passar o dia respondendo pergunta na delegacia de Sant Louis. -Annabeth diz.- A gente tem que sair antes que a gente se atrase.

A mulher branca cutucou o ombro de Annabeth.

-Será que eu posso sentar? -Ela pergunta.

Não.

-Pobres criaturinhas! -Ela diz se sentando com a gente.- Os seus pais não estão aqui, não é? Não é verdade preciosa? -Ela diz ao animal que estava dentro da caixa de transporte dela. Doida.- As crianças não ficam assustadas quando estão sozinhas? -Ela diz pro animal.- Tudo bem! Eu sou mãe! Eu sei como devem estar assutados! Não é? -Ela diz.- Com licença! A senhora pode nos dar um tempinho? Eu acho que está deixando eles assustados. -Ela diz ao policial, é o policial sai. Agora que a gente morre.- Eu quero que saibam que eu não acho que vocês fizeram aquela bagunça na cabine. Eu só queria um tempo a sós com vocês. Eu preciso que entendam algumas coisas.

-Tem alguma coisa na sua blusa. -Grover diz, interrompendo ela.- Parece que é vidro. Ninguém quebrou a janela de dentro da nossa cabine, alguém quebrou a janela do lado de fora.

O animal da mulher começou a latir? Mugir? Sei lá o'que

-Oh meu bem! -Ela diz ao animal.- Eu sei! Eu sei! Você está impaciente. Mas já estamos quase lá, tá? -Ela diz se levantando.- Não é culpa de vocês, mas infelizmente vocês vão ter que pagar o preço pelos erros dos seus pais hoje.

-Escuta moça, eu não sei o'que você é, mas desconfio do que seja. -Percy diz.- Já encontramos muitos monstros iguais a você e acabamos com todos.

-Monstros iguais a mim? -Ela pergunta.- É claro que são iguais a mim, eles eram meus filhos.

-Filhos? O'que quer dizer? -Percy pergunta.

-A mãe dos monstros. -Grover diz assustado.

-Equidna. -Annabeth diz.

O animal da mulher começa a se mexer dentro da caixa de transporte, deve tá possuído. Tá repreendido.

-Linda! Calma. -Ela diz ao animal.- Monstro.. que palavra estranha. Se pensar que a minha avó é a sua bisavó. E que isso sempre foi um caso de família. Mais, ao meu ver o semideus e a criatura mais perigosa. Desordena, violenta, se fosse para eu escolher um propósito seria ficar no caminho de monstros, iguais a vocês. A minha pequena aqui é só um filhote. Coisa linda. Mas hoje, vocês serão uma presa pra ela. Já estão com medo? Ah! Tudo bem! Medo é natural, é também é essencial para a caça.

Enquanto ela falava eu pegava uma faca do meu bolso.

-Eu queria mesmo que entendessem o'que tava acontecendo. -Equidna diz.- Pra que ela rastreasse o cheiro. Que ela aprenda e cresça. É isso que uma boa mãe faz pelos seus filhos.

O animal começou a abrir o zíper sozinho.

-É melhor vocês correrem agora. -Ela diz.

Uma garra furou o peito de Percy. Eu pulei na garra e enfiei a faca nela. Annabeth pulou e furou com outra faca também.

-Corram! -Digo.

Eu e Annabeth tiramos a faca da garra do animal e começamos a correr. Os polícias começaram a correr atrás da gente.

-Ei! Parem aí! -O policial gritou.

***

Nós estávamos correndo pelos corredores, Annabeth trancou uma das portas para o policial não passar.

-Percy! -Grover diz tirando um espinho do peito dele.

-O'que que é isso? -Percy pergunta.

-Um espinho! -Digo.- Grover, sabe que tipo de monstro tem um desse?

-Eu não sei! Sei lá! -Grover diz.- Mas acho que não é dos bons!

-Você tá bem? -Annabeth pergunta a Percy.

-Acho que to, por que? -Percy pergunta.- Acha que esses espinho é venenoso?

-Eu não sei. -Digo.

O trem parou, o monstro se aproximava quebrando as portas.

-A gente tem que ir! -Grover diz.

***

Nós saímos do trem.

-Por que não tá atrás da gente? -Percy pergunta.

-A Equidna disse que seja lá o'que for esse animal ela era filhote. -Digo.- Ela não vai pra muito longe da mãe dela., ainda tá aprendendo a caçar.

***

-Não vai dar pra manter distância por muito tempo! -Grover diz.

-E nem precisa! Precisamos de um lugar pra se esconder. -Annabeth diz.

-Um lugar seguro. Alguma ideia da onde a gente possa achar um desses? -Percy pergunta.

-Eu tenho. -Annabeth diz.- Um santuário dedicado a Atena, construídos por um dos filhos dela a muito tempo.

-Tem um templo de Atena escondido em algum lugar na cidade de Sant Louis? -Grover pergunta.

-Tem, só que não é nada escondido -Annabeth diz.
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Espero que tenham gostado do cap! Obrigado pela leitura🫶🫶

𝑨 𝒇𝒊𝒍𝒉𝒂 𝒑𝒓𝒆𝒇𝒆𝒓𝒊𝒅𝒂 - 𝒑𝒆𝒓𝒄𝒚 𝑱𝒂𝒄𝒌𝒔𝒐𝒏Onde histórias criam vida. Descubra agora