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Porchay Kittisawasd

Porchay Kittisawasd

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 °。 Um mês atrás. ◌

Nada fica no meu estômago por mais de duas horas, e isso já dura dias. Pedi alguns dias de folga da faculdade depois de ir ao banheiro cinco vezes num intervalo de tempo de quinze minutos. A sensação de que algo está errado cresce a cada dia, e eu começo a me perguntar se algum vírus desconhecido invadiu meu sistema.

As noites têm sido particularmente difíceis. Acordo várias vezes com náuseas, correndo para o banheiro como se estivesse participando de uma maratona. Algo está definitivamente errado, e começo a pesquisar sintomas online. Como sempre, Dr. Google oferece uma gama de possibilidades, desde intoxicação alimentar até um alienígena tentando fazer amizade no meu sistema digestivo.

Sobre os protestos de Macau e Mine, decidi finalmente ir ao médico. A espera no consultório parece uma eternidade, e minha mente fica repleta de pensamentos sombrios.

— Estaremos lá fora caso precise — Mine diz, tentando soar responsável.

Macau concorda, abraçando seus ombros.

— Vocês me arrastaram até aqui, idiotas! Fiquem comigo.

— Eles não podem, sr. Kittisawasd — A enfermeira entra no consultório com uma pasta em mãos. — Normas do hospital, espero que entenda.

— Não, eu.... Hm — Mine cobre minha boca com as mãos, como se isso pudesse evitar alguma coisa.

— Entendemos, senhora. Já estamos de saída. Seja um bom menino e espere, sim?

Mine e Macau saem do consultório, mas não sem antes trocarem olhares preocupados entre si. Acho que eles ainda não entenderam que o médico não vai me dar um balão e me mandar para casa. Isso é coisa séria.

A enfermeira me olha com um sorriso tranquilizador.

— Agora, sr. Kittisawasd, espere um pouco, o médico está a caminho.

Finalmente, o médico entra na sala com um sorriso amigável e a enfermeira sai, depois de entregar a pasta a ele.

— Porchay, como você está se sentindo hoje?

— Bem, também estou querendo saber.

Ele ri, fazendo alguns apontamentos no computador. Sua expressão, de repente, torna-se séria. Ele analisa os exames algumas vezes. Não deve ser surpresa para ele o órgão impostor no meu interior, visto que é ele quem me acompanha desde pequeno. Aliás, devo lembrá-lo de manter a descrição. Se Porsche sequer sonhar que estive no hospital, ele fará uma cena digna de uma novela.

— Bom, sr. Kittisawasd, parece que temos uma situação única aqui.

O médico hesita, e eu já posso imaginar as palavras complicadas prestes a serem pronunciadas.

𝐀𝐭 𝐍𝐢𝐠𝐡𝐭 𝐖𝐞 𝐌𝐚𝐝𝐞 𝐚 𝐂𝐡𝐢𝐥𝐝Onde histórias criam vida. Descubra agora