Kim TheerapanyakulTenho a leve impressão de que o tempo passou rápido demais. Eu e Porchay estamos comemorando um mês juntos; sete meses atrás, nos conhecemos numa boate. Ainda é surreal como as coisas entre nós aconteceram. Para quem está de fora, parece tudo rápido demais, mas para mim, e acredito que para ele também, levou o tempo certo.
Me lembro daquela noite como se fosse ontem, quando nossos olhares se cruzaram em meio à música pulsante e à atmosfera elétrica. O flerte inicial, a maneira como ele parou para me ouvir, a sensação reconfortante de que, pela primeira vez em muito tempo, alguém estava disposto a realmente me escutar. Eu não costumo confiar em ninguém tão rapidamente, mas Porchay foi a exceção.
Foi como se, naquele momento, o universo tivesse conspirado para nos aproximar. Sua atenção genuína e a empatia em seus olhos criaram uma conexão que transcendia a agitação da boate. No meio da multidão, parecia que só existíamos nós dois, compartilhando risadas e segredos como se fôssemos os únicos habitantes daquele pequeno universo.
Depois daquela noite, ele não saiu da minha cabeça. Às vezes, eu me questiono: se ele não tivesse engravidado, teria me procurado? Acho que não. Talvez nos cruzássemos por aí, as coisas provavelmente seriam de outra forma.
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- No que tanto você pensa? - Porchay pergunta, envolvendo seu braço no meu.
Balanço a cabeça, sorrindo.
- Nada, meu bem.
Ele não parece convencido, mas não insiste; em vez disso, acena para Tankhun, que anda em nossa direção.
Depois de levá-lo para almoçar em um dos restaurantes mais caros da cidade, meu irmão ligou e pediu para que nos encontrássemos com ele. Eu pretendia recusar e continuar a programação que planejei especialmente para o dia de hoje, mas Porchay se animou quando Khun mencionou que pediria à tia Érica para fazer seus doces favoritos, como se o lugar onde estávamos não fizesse os melhores doces da região.
Enquanto caminhamos até a mesa no jardim, Khun me atualiza sobre o estado de saúde do nosso pai; não que eu me importe. Ele teve um ataque cardíaco e por pouco não nos deixou; eu cheguei a escolher a roupa que usaria em seu velório, mas o velho escapou. Não que eu deseje a morte do meu querido pai, mas ele estando ou não nesse plano, não muda em nada minha vida.
Observo a expressão séria de Khun, tentando disfarçar meu desinteresse pela situação. Porchay, ao meu lado, parece perceber minha tensão e aperta minha mão em um gesto reconfortante.
Quando finalmente chegamos à mesa no jardim, tia Érica nos recebe com um sorriso caloroso e uma bandeja repleta de doces.
- Como tem estado, pequeno? E o bebê? - Ela pergunta, sentando à nossa frente.
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𝐀𝐭 𝐍𝐢𝐠𝐡𝐭 𝐖𝐞 𝐌𝐚𝐝𝐞 𝐚 𝐂𝐡𝐢𝐥𝐝
Fanfiction↳ ❝ No dia do seu casamento, Kim vivenciou a dolorosa revelação de que a mulher que amou por toda a vida não compartilhava dos mesmos sentimentos. Abandonando a cerimônia que deveria consagrar a relação que ele tanto prezava, Kim buscou refúgio nas...