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Kim Theerapanyakul

  °。 Dois meses depois . ◌

Estou exausto. As últimas semanas foram cansativas mentalmente falando. Se não fosse o bastante lidar com o caos que a traição de Summer causou nas nossas famílias, ainda teve Porchay. Aquele garoto mexeu comigo, admito. Quando acordei e não o encontrei, achei que, de alguma forma, tinha o machucado. Eu estava lúcido até demais enquanto transavamos, mas se em algum momento eu fiz algo que ele não queria? Felizmente, encontrei seu bilhete. Eu queria vê-lo ao acordar, trocar números, chamá-lo para sair, qualquer coisa para passar um tempinho a mais com ele.

Persisti em frequentar a boate onde nos conhecemos, mas Porchay não apareceu. Ao pesquisar na Internet, fiquei surpreso com a quantidade de pessoas chamadas Porchay. Apesar da relutância em usar meu sobrenome para obter informações, cedi à necessidade. Três semanas atrás, minha assistente pessoal deixou uma pasta em minha mesa com descobertas sobre Porchay Kittisawasd Pachara. O rapaz, de vinte e três anos, é o irmão mais novo de Porsche Pachara, casado com Kinn Pachara, um dos empresários mais bem-sucedidos do país. Porchay é o único herdeiro dos Pachara e Kittisawasd, após seu irmão renunciar à herança para casar com Kinn. Ele estuda telecomunicações em uma das melhores universidades do país e reside com seu primo Macau Phongsakorn, filho adotivo de Vegas e Pete Phongsakorn, outro casal influente no ramo empresarial. Notavelmente caseiro, Porchay raramente sai de casa, mas quando o faz, é frequentemente na companhia de dois garotos, Macau e outro chamado Mine.

Eu fui até o campus para vê-lo, não tinha a intenção de falar com ele. Pode soar um tanto ridículo, mas meu único objetivo era me assegurar de que ele estava bem. Ao encontrá-lo junto aos dois garotos, percebi sua expressão feliz, sorrindo para algo que seu primo disse. A princípio, achei que simplesmente observá-lo de longe seria suficiente, mas ao chegar em casa e deitar na cama, experimentei uma sensação semelhante ao vazio.

O escândalo em torno do fim do meu relacionamento teve impacto nos negócios, conforme relatou meu pai. Assim, precisei deixar de lado essa pequena obsessão e focar no trabalho. Durante o dia, conseguia, pelo menos aparentemente, não pensar nele. No entanto, à noite, as lembranças de nossos momentos retornavam, e me via preso no banheiro, me tocando e gemendo seu nome como um adolescente na droga da puberdade.

°。 . ◌

— Kim, está aí? — Ouço a voz do meu irmão atrás da porta. Sequer perco tempo pedindo para que ele vá embora, Khun nunca me escuta. Ele entra no quarto, caminha até a janela e abre as persianas. — Até morcegos precisam de vitamina D.

— Khun, estou com dor de cabeça. Você pode, por favor, me deixar sozinho? — Apelo para o lado paternal que sei que ele tem.

— Tem um garoto lá embaixo. Eu avisei que você estava descansando, mas ele insistiu para falar com você.

𝐀𝐭 𝐍𝐢𝐠𝐡𝐭 𝐖𝐞 𝐌𝐚𝐝𝐞 𝐚 𝐂𝐡𝐢𝐥𝐝Onde histórias criam vida. Descubra agora