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Kim Theerapanyakul

Estou sentindo uma mistura de emoções enquanto me preparo para a tão esperada celebração do meu casamento

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Estou sentindo uma mistura de emoções enquanto me preparo para a tão esperada celebração do meu casamento. Esperei por este dia por cinco longos anos, e a felicidade que sinto é indescritível.

Summer é a mulher que amo desde que tenho memória. Não existe outra pessoa em meu coração além dela. Nossas famílias são amigas há gerações, e é tradição que, ao longo do tempo, essas amizades se solidifiquem através de casamentos. Cresci ao lado de Summer, e essa proximidade resultou em uma paixão adolescente que evoluiu para um amor genuíno à medida que amadurecemos.

੭ . ! 𝓈

- Querida, por favor, abre a porta. - Pedi, cheio de entusiasmo.

Consegui escapar do meu quarto apenas para vê-la, e sinceramente, dane-se essa tradição de que o noivo e a noiva não podem se ver antes de estarem no altar. Eu quero ser o primeiro a ver a mulher que eu amo vestida em seu vestido de casamento, e ninguém pode me impedir.

- Summer, sou eu! - Insisto, notando a demora para abrir a porta.

Escuto meu próprio eco na madeira fria, e o que ouço, ou melhor, o que não ouço, me deixa alerta. Está silencioso demais. Summer é extremamente extrovertida, a ponto de, às vezes, eu perder a paciência com tanta animação. Ela deveria estar falando pelos cotovelos agora.

- Summer? - Tento novamente, mas sem sucesso.

Minha mente, em um estado de nervosismo crescente, tece os piores cenários para explicar esse silêncio. Incapaz de ficar parado, dou um chute na porta, que cede com um golpe certeiro. A cena que se desenha diante dos meus olhos, algo que minha mente perturbada não conseguiria prever, é ainda mais chocante do que imaginá-la envolta numa poça de sangue.

- O QUE CARALHOS ESTÁ ACONTECENDO AQUI? - Grito, surpreendendo o casal que se apressa em esconder o que estavam fazendo.

- Kim, não é...

Agarro o pescoço da mulher de quem jamais esperaria uma traição, indiferente às possíveis consequências. Minha cabeça lateja, e tudo que consigo recordar são os momentos compartilhados entre nós, que são inúmeros. Não consigo deixar de me perguntar o que fiz de errado; eu a amei e cuidei, como fui ensinado a fazer. Nunca olhei com desejo para outra pessoa, porque a única pessoa verdadeiramente fascinante para mim era ela, somente ela. Então, por quê? Se eu fosse como o pai dela, que praticamente quebra o pescoço todas as vezes em que uma mulher passa por ele, ela me amaria mais? Eu simplesmente não entendo.

- Kim, p-por favor... - Ela murmura com dificuldade.

Balancei a cabeça, tentando afastar o mar de pensamentos. Solto seu pescoço, observando as marcas dos meus dedos nele. Encaro-a, aguardando que o peso da culpa se instale, mas tudo o que sinto é que desperdicei anos da minha vida amando alguém que claramente não tem a mesma consideração por mim. De repente, tudo começa a fazer sentido. Todas as vezes em que fiquei sozinho enquanto ela saía com amigas, todos os sussurros que ouvi no colégio, as fofocas entre nossos conhecidos. Será que Summer realmente me amou algum dia?

𝐀𝐭 𝐍𝐢𝐠𝐡𝐭 𝐖𝐞 𝐌𝐚𝐝𝐞 𝐚 𝐂𝐡𝐢𝐥𝐝Onde histórias criam vida. Descubra agora