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Kim Theerapanyakul

°。 3 meses e duas semanas depois . ◌

Se os últimos meses forem algum tipo de sonho estranhamente realista, eu imploro a quem quer que esteja no controle de tudo isso: por favor, nunca me acorde. Nunca experimentei tamanha felicidade, e a compreensão desse sentimento me assusta. Todos os dias acordo ao lado do homem por quem meu coração bate forte, vou para o trabalho com um sorriso no rosto, ansiando pelo momento em que poderei retornar aos braços daquele por quem estou profundamente apaixonado. Oitenta por cento do meu tempo é compartilhado com Porchay, e os outros vinte por cento são dedicados a pensar nele. Não me canso de beijá-lo, cheirá-lo e simplesmente estar ao lado dele. Cada instante é uma confirmação de que este é o tipo de felicidade que eu nunca soube que existia.

Eu o amo, sem dúvida alguma. O amor que sinto por ele ultrapassa qualquer sentimento que já experimentei. Essa constatação me apavora, mas basta olhar nos olhos dele para que todo medo se dissipe. Porchay se tornou minha fonte constante de inspiração, abrindo meus olhos para um mundo novo, onde coisas simples se transformam em experiências únicas. A cada dia, percebo que desejo estar ao lado dele para sempre.

À medida que a data do parto se aproxima, minha presença ao seu lado se intensifica. Apesar de não termos enfrentado complicações na gestação até agora, aquela conversa no chalé da minha família continua a assombrar minhas noites. Não quero ser forçado a tomar uma decisão difícil, não quero ter que escolher entre o homem que amo e meu próprio filho.

— Kim? — Porchay estala os dedos na frente dos meus olhos, sorrindo ao ver que conseguiu minha atenção — Você está aqui? 

Sorri, beijando sua mão e a colocando sobre a minha bochecha. 

— Sempre estou aqui, meu bem. — Respondo suavemente, perdendo-me na profundidade de seus olhos. — Onde mais eu estaria, hm?

Ele me observa por um momento, com uma expressão de curiosidade.

— Você está estranho — Ele toca a minha testa —, está sentindo alguma coisa?

Eu nego, encostando a cabeça no vão do seu pescoço e inalando o seu perfume. 

— Só estou perdido em você — confesso, sorrindo. — E você sabe como me faz sentir.

Porchay sorri, acariciando meus cabelos.

— Você é tão cheiroso — murmuro, apreciando a sensação de proximidade e aconchego. — Eu gosto tanto de você, sabia?

Eu ergo o rosto apenas para ver o quão adoráveis são suas bochechas quando ele cora. 

— Eu também gosto de você, idiota. O que deu em você hoje? — Ele desvia o olhar, sorrindo. 

Ponho a mão sobre sua barriga bem a tempo de sentir o bebê dar um chute. A careta que Porchay me diz que foi um bem forte. 

𝐀𝐭 𝐍𝐢𝐠𝐡𝐭 𝐖𝐞 𝐌𝐚𝐝𝐞 𝐚 𝐂𝐡𝐢𝐥𝐝Onde histórias criam vida. Descubra agora