Sentei cansada na rua esperando o uber com uma cara provavelmente nada feliz.
Vi de longe um grupo vir, ele sorriu para mim, foi tão genuíno e simpático que nem imaginei que seria uma pessoa tão especial assim para mim.— Tudo bem com você? – me pergunta. Sorri sem graça fungando.
— Acabei de terminar. – rio.
— Porra, sou ruim com consolos... mas, ce quer beber? – ele sorri.
Seu cabelo tá todo cortado dos lados e em cima grande de lado, sua sobrancelha com um risquinho e um sorriso de lado destacando.
Sua camiseta preta está em seu ombro pós festa com todos definitivamente cansados.
— Eu quero! – sorri de volta.
Não importando a hora com o carro lotado de pessoas ansiosas para ir embora, ele me segurou não diretamente conversando comigo durante toda a madrugada até às seis da manhã.
Eu tinha certeza que nessa hora já tinha acabado o encanto, já quase sem maquiagem, corpo colando no verão, a roupa já apertada e o sono presente me deixava insegura mais do que ele ter me encontrado em um estado deplorável quase chorando.
— Seu perfume é muito bom. – levantei a sobrancelha sorrindo.
— Ah é? Eu nem tô sentindo mais.
— Eu tô... há horas. Acho que vai ficar em mim.
— Que bom, porque você tá em mim também. – olhei em seus olhos.
Depois de tanto tempo, senti isso. Senti o cheiro que minha vida estava tanto precisando.
— Eu já sei o que eu quero. – falei me sentando à mesa.
— O quê? – sorri bebendo.
— Eu quero... uma porção de batata! – ele
gargalha.— Não... escolhe uma coisa séria.
Ele descobriu com fontes confiáveis — disse ele, que nessa semana seria meu aniversário.
E que de fato é, mas ele simplesmente em um segundo (talvez) encontro, me pede para escolher algo assim, e eu não sabia o que dizer.Poderia pedir um chocolate? Ou... um beijo? Eu não sei o que dizer, já que não tínhamos a aproximação que acostumei tanto ter na primeira vez que conhecia alguém.
— Eu não sei, Pedro. – ri. — Não quero nada.
Ele umedece os lábios estreitando levemente os olhos e passa a mão em seu cabelo curtinho. Ele parece pensar.
— Eu já sei. – diz breve.
— Hmmh, o que? – sorri.
Ele se inclina me olhando intensamente.
— Me fala qual é o seu perfume, que ainda hoje eu vou comprar.
— Vai? – rio.
— Vou, e eu quero pra mim.
Franzi a testa sem entender o porquê ele compraria para ele sendo que é o meu presente de aniversário.
— Eu não sei se a sua intenção é eu usar só pra você, mas se for isso... tá funcionando.
— Que bom que você entendeu recado. – ele sorri mostrando seus dentes.
Não vi a hora passar dali até chegarmos na porta da minha casa, com a luz baixa do poste se encostando.
Eu soube o que ele estava tentando fazer, formar e construir tudo sem ser precipitado, e nem me assustar.
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Imagines de delírios da noite
Fanfictionimagines que escrevo aleatoriamente. escrevo por diversão e porquê gosto de explorar minha mente. contém conteúdo sexual, abuso de álcool e drogas e alguns palavrões. personagens fem geralmente. vivo postando, repostando e atualizando por aqui.