"10 anos de Inutilismo" Doazin

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Quase oito da noite e eu ainda estava em casa terminando de me arrumar enquanto falava no telefone com meu amigo.

Fiquei ansiosa em comemorar esse dia, e feliz ainda por ser em um show a moda que o Lucas tanto gosta, como fã meu prestígio é grande para ele o suficiente para sair em um role numa segunda feira.

— Por favor mãe. – insisti. — Eu vou voltar certinho com o carro, prometo.

— Vai. – estreitou os olhos. — Some da minha frente antes que eu desista! – me entrega a chaves.

Sorri forçada mostrando os dentes para ela que revira os olhos.

— Toma cuidado, tá? – ri. — Não volta bêbada, a polícia pode te parar.

— Uhum... vou buscar o Gabriel agora, beijo! – sorri saindo.

Olhei o retrovisor interno prestando atenção na avenida subindo para o bairro do meu amigo que insisti tanto para ir comigo nesse show, que fomos em outubro na turnê da Playlist de Funk do
Lucas e agora em comemoração dos 10 anos de Inutilismo.

A questão é que eu sou muito fã dele há anos e sempre que posso vou a cada evento que ele faça ou participe para ter pelo menos um pouquinho da atenção dele para mim.

Ele bate a porta fechando e já colocando o cinto para sairmos.

— Mamãe liberou o carro, agora sim. – sorri.

— Hoje a mãe que tá no toque. Ela deixou por pura livre espontânea pressão e porque deus fez milagre, certeza.

— Também, da última vez...

— Não! Não fala da última vez. – rimos.

O lugar é grande e espaçoso com tanta gente assim é surreal, as luzes estão por todo o canto girando e refletindo a cada instante em meu rosto com o Lukera já no palco com um som muito louco tocando. Olhei envolta a pista lotada assim como várias pessoas no camarote subindo e descendo.

— Você vai subir ou vai comigo? – Gabriel grita no meu ouvido. Coloquei a mão tampando reclamando.

— Aí! Não tô ficando surda não. – ele ri. — Vou pro camarote. – falei alto o suficiente.

— Ficar no direito, cê me encontra lá? – ele assente que sim. Apontei para a escada para ele subir assim que voltar com nossos copos.

Por todo lado onde olhava havia pessoas famosas da internet, já estava ficando maluca querendo conversar e tirar fotos com todos ali se possível.

Nove e dez no relógio a música fica mais baixa por alguns segundos até o Lucas de fato subir e começar a tocar.
Infelizmente uso o twitter e já sabia que seus amigos também iriam tocar logo menos, tanto quanto o Doa e o Zero.

Assim que coloquei os pés no camarote andando entre aquela gente um pouco suada vi os meninos do Manikas não tão socializando com as outras pessoas, e sim prestando atenção no palco.

Assim que pude coloquei as mãos na grade de cima para ficar em um lugar bom o suficiente para vê-los e poder gravar livremente.

— Ou, ou! – ouço uma voz conhecida gritar bem alto.

Todos ali perto de mim olham para quem grita e é o Gabriel passando com as bebidas e sorri assim que me vê grudada na grade. Fiz uma careta para ele que ri ainda mais erguendo os copos no alto e passando entre as pessoas ali com cuidado.

— S/n! Você não sabe quem eu acabei de encontrar. – sorri. — Uma pessoa que você curte muito, adivinha! – fala empolgado.

— Não sei, todos aqui eu gosto. – acenei com a cabeça disfarçadamente.

Imagines de delírios da noiteOnde histórias criam vida. Descubra agora