"Champange problems" Pedro Orochi

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Suas mãos corriam de cima para baixo em minha cintura levantando minha blusa de pijama.

Seu olhar brilhava me encarando, seu lábio avermelhado entreaberto sorriu levemente.
Estava sentada no balcão da cozinha e ele estava entre minhas pernas usando apenas um shorts de treino com sua boca na minha me beijando com vontade.

Seus dedos entraram em meu cabelo por trás puxando para trás. Dei uma risada pausando seu beijo e suspirei passando os dedos no seu peito tatuado.

— Qual a boa de hoje? – perguntei o encarando. Com o olhar mole encara meus dedos passando em suas linhas.

— A boa... eu não sei. Pensei em ficar em casa, você queria sair? – me diz juntando nossas mão esquerda.

— É... não, tanto faz. Tudo bem. Só achei que como você tá em São Paulo gostaria de se divertir. – puxei seu queixo para cima para me olhar.

— Eu to me divertindo vida. Eu to com você. – seus olhos avermelhados brilham de novo.

Sorrio levantando sua mão para beijá-la sobre a minha.

— Suas pupilas estão tão dilatadas. – eu disse baixo.

— É porque eu gosto de você.

Isso foi o suficiente para tudo virar de ponta cabeça. Foi o suficiente para eu fugir. Não soube lidar com ele me olhando sorrindo, me dando toda atenção e carinho que pude sonhar um dia.

No final não teve festinha ou bar, era somente eu e ele tendo uma noite que vi apenas em filmes.
A realidade chegou na manhã fria e com o sol fraco na cidade.

Eu tinha que estudar e trabalhar, claro, e o que me deixou feliz foi que o Pedro também.
Isso pode parecer horrível, mas... é difícil não saber lidar com sentimentos.

Eu fugi durante aquele dia, e a semana inteira praticamente. As mensagens respondidas depois de horas, e desculpas para não vê-lo. Sorte a minha ter uma desculpa plausível, fui convidada para o casamento da minha noiva no fim de semana.

Trabalhei intensamente todos os dias, e há três deles que não falo com o Pedro. Por quê? Porquê talvez eu seja emocionalmente Instável. Estou com medo e confusa. As músicas da minha playlist eram as únicas coisas que calavam as vozes na minha cabeça.

A ultima mensagem foi minha falando que não dava para ir na casa do Doa porque estava muito ocupada.
Como o fim de semana chegou, Pedro voltou para sua casa com certeza, e não tem como encontrar ele mais...

Eram quase três da tarde, o casamento acontecia numa igreja bonita, e bem chique de Guarulhos. Era grande e estava cheias de arranjos de flores brancas e amarelas.

Minha noiva usava um vestido liso com uma saia grande sem armação. O decote quadrado realçou seus ombros e dando destaque a seu cabelo.

No momento dos votos, não me segurei e acabei chorando. Não sabia se era de emoção, felicidade ou de vergonha porque ela citou uma frase do voto do Edward em Amanhecer.

Confesso que achei engraçado depois quando lembrei da referência.
Mas o jeito que ela olhava seu noivo sorrindo me tomou com tamanha felicidade que meu estômago revirava e meu coração pulsava rápido.

A única coisa que pensei foi como ele me olhou nos olhos na última semana, a forma que me beijou e abraçou por trás antes de dormir.
O modo que riu das minhas piadas ruins e como me fez sentir sua falta às 15h numa quinta feira agitada e cansativa de estudos.

Eu estava sentada do lado esquerdo na igreja, onde havia um cara na minha frente que toda hora virava e me olhava sorrindo.
Assim que a cerimônia termina, ele me para ao sair.

Imagines de delírios da noiteOnde histórias criam vida. Descubra agora