"Ano novo" Diogo Defante

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As férias do meio do ano são boas, mas as do final do ano são espetaculares que torna qualquer sentimento negativo em algo insuperável de bom.

Não sabia dizer o que mais me deixava feliz, o fato do clima da cidade estar quente o suficiente para descermos para a praia, ou as luzes que piscam sem parar todas brilhantes em todas as lojas, casas, parques, infinitos lugares diferentes com as mais lindas decorações de natal que ainda habitavam o lugar.

O sentimento de amor por esse mês se aumentou ainda mais com memória que consegui nesses últimos dias.

Abri a mala pegando parte das minhas coisas e procurei o protetor solar que estava junto dos acessórios facilitando a rapidez que podemos sair.

— Tenho uma coisa pra te mostrar. – ele grita saindo do banheiro.

— Mais uma? – ri.

Ele me disse durante o voo, aliás, listou, coisas e lugares que iriam me mostrar.
De fato eu precisava porque são muitas poucas vezes pela qual visitei a cidade, e principalmente nunca estive com algum carioca que pudesse me ajudar nessa questão.

Última vez que vim para o Rio, foi apenas no show da Taylor que foi um total desastre e nem ao menos gosto de listar isso aqui como uma viagem.

Viajar está no topo das minhas coisas favoritas do mundo, ainda quando é com amigos tudo se torna infinitamente melhor.

Ajeitei a sandália nos pés e espirrei o perfume no braço olhando meu corpo por completo no espelho.

Eu adoraria usar um óculos para complementar o look, mas, é noite e a chance de ficar cringe é grande.

— Olha! – ele carrega o crocs na mão me mostrando ao entrar no quarto.

— Ahah! – gritei gargalhando. — Nem fodendo que você comprou um crocs... – rio. — Amei, vai ficar lindo. Vai usar hoje?

— Ah... só quando tu usar. – diz tímido.
Sorri com ele me olhando e com a intenção de combinar as roupas, é tão brega mas eu acho lindinho, sendo honesta.

— Posso usar agora, vamo' eu e você combinando então?

— Uhum... – assente.

— Para de ser gay, hein.

Ele imita meu estilo, também usando um shorts preto e uma camiseta branca assim como estou e com o crocs.

— Vai querer um bottom? É bottom que isso chama? Não sei...

— Ah não, qual é, S/n?! Isso já é demais pra mim.

— Droga... – ele sorri. Seu cabelo mais curtinho agora, porque finalmente não precisava da aparência de mendigo que eu
— definitivamente gosto, mas, estava cheia já.

Nunca tinha visto ele sério, dirigindo e tão contente assim como está hoje na sua cidade. Ele realmente se encontra aqui e combina com toda a sua estética, e certamente poderia combinar com a minha.

Sendo não modesta, a cidade é maravilhosa mesmo... não perdi a oportunidade de cantar as músicas mais clichês, e me deliciar das coisas que ele diz sempre que é muito melhor do que a de São Paulo.

— Fica umas duas horas daqui.– diz com o sotaque arrastado. — De boa pra tu? – olhou meus olhos e volta a atenção para a rua.

— Tudo bem, amor. – ele sorri.

— Então bora! – deu um tapa devagar em minha coxa. Estávamos indo para a casa que ele tem na praia e que estava sua família já ali há mais de dois dias, mas resolvemos vir no último dia pela semana estarmos sozinhos na sua casa.

Imagines de delírios da noiteOnde histórias criam vida. Descubra agora