— Faz silêncio, menina. – ele sussurra.
Seguro minha risada tampando a boca com os dedos tentando amenizar os barulhos.— Tem que pisar fofo, S/n. – ele explica me puxando meu braço me guiando.
— Como é que pisa fofo, caralho? – falei grosso baixinho.
Ele ri. — Assim, ó. – bate o pé calmamente no chão.
— Tá, tá... – respondi copiando seus movimentos. Meu tênis fazia barulho ao pisar na grama um pouco seca pelo clima de inverno sem chuva.
O sol fortemente nesses dias estava torrando a grama e fazia com que fizesse barulho ao pisar nelas.
— Aí, aí! – reclamei. Passei a mão em meu cabelo.
— Que foi? – questionou sussurrando.
— Esse galho aqui. – apontei virando a cabeça para trás mostrando a árvore.
— Amor, se a dona pegar nós aqui, 'tamo fodido, hein. – me alertou.
Estávamos invadindo uma casa, uma propriedade da vizinha no final da rua.
O quintal dela é grande com bastante espaço com as árvores floridas e um pé enorme de babosa no corredor.
Há uma câmera na frente da sua casa, apenas, para nossa sorte.
Depois de pular o muro facilmente, entramos para pegar a babosa.— Carlos! – sussurrei alto. — Me deixa pra trás não, mano. – agarrei sua camiseta atrás.
— Vem cá... ilumina aqui! – apontou para o chão.
Ele me olha arregalando os olhos e sorrindo.
Há três pés grandes cheios de babosa, e mais um ramo grande de alecrim ao lado.— Tá no paraíso, amor? – perguntei rindo virando a lanterna do celular para seu rosto.
Ele estreita os olhos com a luz.
— Você não?! – rio com sua empolgação.
— Segura a sacola que eu pego. – falei estendendo a sacola para ele.
Ele a abre colocando o celular na boca para iluminar o chão.
Com cuidado de não machucar os dedos virei a babosa para trás a puxando para quebrar e enfiando no plástico.
— Enche aí, ela nem vai perceber! – ele diz.
Colocando mais algumas ali, puxei do chão o alecrim colocando em outra sacola plástica que trouxemos junto a seu bolso.
— Fazer um chá aqui fica bom, viu? – diz me olhando.
— Você vai fazer essas receitas pra mim, amor? – perguntei.
— Claro que sim... vou te ajudar hidratar seu cabelo. – responde beijando meu rosto.
— Lindo... – me interrompem ao acender uma luz de dentro de casa da moça.
Nós olhamos ao mesmo tempo arregalando os olhos.
— Vamo' vida? – me apressa com o olhar.
— Uhum! – responde já saindo.
Curvando o corpo saindo de fininho entre as árvores até chegar ao muro baixo na parte de trás da casa.
Barulhos de coisas caindo dentro da casa faz com que me assusta fazendo jogar a sacola nas mãos do Carlos e tentar pular o muro o mais rápido possível.
— Vai, vai, vem! – peguei a sacola que ele me estende.
Ele sorri ao pular no chão já do outro lado para irmos para casa.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Imagines de delírios da noite
Fanfictionimagines que escrevo aleatoriamente. escrevo por diversão e porquê gosto de explorar minha mente. contém conteúdo sexual, abuso de álcool e drogas e alguns palavrões. personagens fem geralmente. vivo postando, repostando e atualizando por aqui.