Tempestade e Furacão | +16

Capítulo 09

Não se esqueçam dos votos e comentários.

     O perfume da Layla ainda está no lençol da minha cama e só fui me dar conta disso quando me deito, com Sophie sentada em meu colo. A garota de cabelos pretos passa as mãos por meu peitoral desnudo, dando início aos movimentos de rebolar em minha virilha. Mas nada do que ela faz está sendo capaz de tirar da minha cabeça o perfume doce da Layla, nem a imaginação de como ela dormiu na minha cama.

     — Sophie, que tal irmos para o sofá? — pergunto, já me sentando na cama, espalmando minhas mãos em sua bunda apenas coberta por uma calcinha preta rendada.

     — Hum, você que sabe — diz, puxando os fios de cabelo da minha nuca, deitando minha cabeça. — Eu gosto daqui.

     A garota volta a rebolar, me excitando. Travo o maxilar, evitando pensar na porra do perfume que está grudado no lençol. Como eu pude ter esquecido de trocar o lençol? Essa era a primeira coisa que eu deveria ter feito quando ela foi embora, mas isso não passou pela minha cabeça já que eu fiquei plantado na cozinha, olhando para a porta onde a Layla passou, me perguntando porque eu a trouxe para cá. Beleza, ela estava bêbada e provavelmente não iria conseguir chegar em casa sem tropeçar nos próprios pés, mas eu não gosto dela e nem ela gosta de mim. O mínimo que eu deveria ter feito era tentar descobrir onde ela morava e ter deixado ela lá, sem me envolver o suficiente para agora ter que aturar seu perfume na minha cama.

     Sophie deve ter percebido que eu não estou tão excitado igual ela, pois a garota para com os movimentos, me analisando para saber o que aconteceu. Eu estou no clima, isso eu não podia negar, Sophie é ótima na cama, é gostosa, e nos demos bem na primeira vez que a trouxe para cá. Nós dois estávamos um pouco aéreo por causa do álcool, mas iríamos lembrar do que aconteceu no dia seguinte, e foi tão bom que ainda estamos nos encontrando. Ela não quer um relacionamento, eu também não, mas queremos sexo, principalmente depois de um dia corrido.

     — Você está bem? — pergunta, cobrindo os seios com as mãos.

     Afasto as mãos do seu corpo para esfregar em meu rosto, tentando buscar o sentimento que surgiu em mim assim que Sophie tocou a campainha do meu apartamento, mas tudo o que tem ocupado a minha mente, é a Layla. Nada de luxúria, nada do desejo de estar rolando na cama com a Sophie, ouvir seus gemidos e seu corpo suado e trêmulo igual ao meu, absolutamente nada disso. Porra, mas que porcaria.

     — Sim, estou bem. — Sorrio. — Só foi um dia… complicado.

     Ela assente, interessada.

     — Quer conversar? Dizem que sou boa ouvindo as pessoas.

     Rio, depositando um beijo em sua clavícula. Volto a espalmar minhas mãos em sua bunda e me levanto da cama, segurando firme a garota em meu colo, que geme entre o sorriso quando a olho com luxúria. Caminho para a sala, longe da cama e longe daquele perfume. Quero focar na luxúria que corre em meu sangue e não será a porcaria do perfume daquela garota que iria acabar com minha noite.