Capítulo 12

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     Eu não consigo acreditar que tive um sonho com Asher James

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     Eu não consigo acreditar que tive um sonho com Asher James. Isso só pode ser loucura, e a ideia de me internar em um hospício grita na minha mente.

     A fila do mercado parece não ter fim. Não está calor aqui dentro, mas meu corpo está prestes a entrar em erupção por lembrar outra vez do sonho que tive com o Asher. Suas mãos percorriam meu corpo, explorando com calma enquanto sua boca mordia e beijava a pele do meu pescoço. Seus toques enviavam choques para o meio das minhas pernas, e eu quase implorava para ele me tocar ali para aliviar o prazer.

     Esfrego as mãos no rosto, afastando da cabeça a ideia de como fiquei sedenta de desejo no sonho. Pego meus fones na bolsa enquanto a fila mal anda e trato de colocar alguma música capaz de me fazer fugir da realidade, igual os livros fazem. Escolho Here, da Alessia Cara, uma das minhas músicas favoritas, incapaz de me deixar enjoada. Batuco o pé no chão no ritmo da música, mas um perfume familiar chama minha atenção. Olho ao redor, procurando a pessoa responsável pelo perfume, e estremeço ao ver Asher perto de uma prateleira de barras de chocolate. Tenho a sensação de que ele é viciado no doce, mas essa sensação é ocupada pela memória de quando ele tocou minha cintura e me colocou contra o balcão. Cacete.

     Respiro fundo, enfim indo para o caixa quando chega minha vez. Não tiro os fones do ouvido, não quero deixar que meus pensamentos me consumam, apenas a melodia da música. Coloco minhas compras na sacola e sorrio para a atendente em agradecimento antes de ir em direção a saída do mercado.

     O tempo está nublado e parece que logo vai chover. Já dá para sentir a umidade no ar, além do vento frio. Apresso os passos em direção ao meu carro, evitando pegar a chuva enquanto estou na rua. Eu amo dirigir, mas não na chuva. Eu tenho pavor disso.

     Outra vez vejo o carro do Asher. A porra do Range Rover preta está estacionado ao lado do meu carro, parecendo até perseguição.

     — Perseguição do inferno — murmuro, abrindo o porta-malas do meu Jeep. Uma senhora passa, segurando a mão de um menino pequeno e arregala os olhos para mim. Sorrio forçada, pois eu não tenho forças para pedir desculpas por dizer algo que é verdade.

     Assim que fecho o porta-malas, me deparo com Asher fechando a porta traseira do seu carro, com o olhar preso ao meu.

     — Você sabia que metade do estacionamento está desocupado? — indago, enrolando o fone de ouvido para guardá-lo.

     — Como assim? — Mesmo vendo que ele finge não saber o que estou dizendo, franze o cenho.

     — Isso significa que você pode estacionar seu carro em outros lugares e bem longe do meu — resumo.

     Asher apoia a lateral do corpo no carro, cruzando os braços. Ele observa ao redor, com calma. Posso sentir alguns pingos de chuva e logo trato de deixar aquela conversa para trás, colocando em prioridade o pensamento de ir logo embora.

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