7. Veneno

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Seu príncipe parecia imaculado, um deus entre os nobres mundanos Max estava ansioso para morder um pouco de sua incrível imensidão.

Ele sabia que todos viam como ele enxergava, um homem esguio, com rosto de bebê mas atraente, queixo arredondada, olhos doces, cabelos claros e perfeitamente arrumado. Seu corpo estava quase sempre todo coberto por ternos finos e camisas de seda ou reda, que acentuavam seu corpo nos lugares certos. No entanto, o que havia de mais inebriante no príncipe era sua aura de jovialidade e poder, sua segurança e enigma. Você queria vê-lo em seu prazer e em sua vulnerabilidade, pelo menos isso era tudo que Max Saran via.

- Lindo, não é? superior a todos nesta sala. O Príncipes dos príncipes. - Alguém próximo a ele disse, seu olhar se voltou para essa pessoa, um homem, um homem muito bonito como todos na sala. Suas cabeça se movia com curiosidade, assim como seu olhar. Para ver o recém chegado.

─ Isso mesmo. ─ Max concordou, voltando o olhar para frente, os garçons haviam entrado com copos cheios de bebidas caras, e copos com água para os guardas presentes.

─ Nunca tivemos um príncipe como ele. ─ O homem continuou, ele não era mais alto que Max, seu olhar estava fixo no príncipe, como o de todos na sala.

Eles ficaram fascinados.

Fazia apenas meia hora desde que ele se separou de seu príncipe, Max odiou cada minuto disso, mas ele tinha que se comportar. Ele sabia que os pais de Nat procurariam qualquer desculpa para tirá-lo da sala. Eles o viam como uma ameaça para tudo o que queriam fazer entre Nat e Kor.

Ele ainda não havia falado com ninguém, até que o jovem se aproximou dele, perto demais para o seu gosto, mas ele não sentiu nada malévolo vindo do homem, então o deixou perto, ele fez isso porque seria rude da sua parte caminhar, afastá-lo ou se esgueirar de qualquer forma. Além disso, é perigoso ofender um nobre iliniano.

─ Ele é único, as coisas vão melhor com ele no comando. Não como o anterior. ─ Ele continuou falando, Max sentiu sinceridade em sua voz.

Não é nenhum segredo que tipo de governo passado os ilinianos tiveram, séculos já se passaram em relação a isso, mas a escuridão ainda estava lá, o selo daquele governo ainda era uma dor para muitos ilinianos e palanianos.

─ Além disso, com um guarda-costas bonito como você, uhm, acho que ele está em boas mãos. ─ O sorriso do nobre o enfeitiçou, era lindo, fazendo-o tirar os olhos de seu príncipe por um momento, o homem aproveitou para se apresentar. ─ Sir Yim Prarinyakorn , é um prazer conhecer o guarda do príncipe.

Max não perdeu o "guarda do príncipe" sendo dito com duplo propósito. Era como um segredo não tão secreto. Mesmo agora, ele podia sentir olhares curiosos e invejosos de muitos dos presentes. Tanto ilinianos quanto palanianos, ser um dos guardas do príncipe já era um privilégio, mas uma amante? Foi muito mais, é tudo uma questão de poder.

O mundo estava dividido entre os nobres e a escória, onde a escória, havia em abundância, porém, estavam no degrau mais baixo, normalmente eram os palanianos e poucos ilinianos que viviam na miséria, sendo superados por palanianos e ilinianos ricos. Os palanianos, embora poderosos, estavam apenas na segunda etapa, pela simples razão de que os antigos ilinianos decidiram torná-los seus cães. Eles escravizaram, sequestraram, torturaram um número impensável, quase dizimando o povo de Pallan há milênios, pois não queriam aceitar que os palanianos eram superiores, mas fortes, então decidiram atacar.

Durante séculos, os ilinianos se tornaram reis, um mundo de trevas, onde os palanianos também foram afetados, e alguns ilinianos, e foi tudo culpa do primeiro rei Jafi Pranaam o imperador sanguinário, que foi derrotado por outros iguais até a história parar em Karam Bagtim, que acreditou na supremacia dos ilinianos e durante décadas ele conseguiu fazê-los viver como reis, o que ele não esperava era que entre suas fileiras, um garoto quieto começasse a subir na hierarquia, até se tornar o segundo no comando do Imperador, seu maior confidente, seu braço direito, seu amante.

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