Código Vermelho

19. O Começo.

Os convidados continuaram curtindo a festa não muito longe de onde estavam, mais focados em prazeres e desejos do que em fofocas, ou neste caso, em informações megaconfidenciais. Porém, Nat gostava de ser cauteloso, então pediu a Frans que encontrasse uma sala privada, que tivesse equipamento para poder conversar confortavelmente, sem ser escutado.

O que tinha que ser falado era tão importante para Nat que ele odiaria que vazasse, ou pior, que a Gazi descobrisse que ele estava procurando por ela, e desaparecesse.

Ele não poderia desafiar o destino.
Depois da adrenalina, da adrenalina e da luxúria, Max limpou qualquer evidência do que eles haviam feito com sua boca requintada. Claro, alguns conseguiram ver o espetáculo que seu príncipe estava fazendo com seu guarda quente, e eles não eram modestos, observaram letalmente, mas Max sendo um palaniano, um palaniano da nobreza, deve-se notar, ele se certificou de que apenas suas costas eram vistas e nada mais, nada que ele estivesse fazendo com o palato e as bochechas.
Depois disso, como o único que gozou foi Nat, e Max engoliu tudo, foi tão incrível quanto ele imaginou.

O mesmo não se pode dizer de Frans e seu guarda, que tiveram que se afastar para tomar banho e vestir roupas novas depois da grande interpretação que encantou a todos. Eles recuaram com gemidos e murmúrios em protesto, já que esse tipo de espetáculo geralmente durava horas e horas, e isso não era nem uma pequena parte, mas como o príncipe estava lá, as reclamações não duraram muito, e Frans rapidamente trouxe entretenimento para o inconveniente.

Agora, eles estavam em uma sala grande, decorada de forma limpa, com um leve cheiro de baunilha. Havia livros ao redor, alguns sofás de épocas passadas estavam prostrados perto das enormes janelas com portas francesas. Lustres pendiam como chuva de cristal, ilinianos tinham uma queda por lustres, sem dúvida.

Nat estava cercado por Gems e Han, cada um sentado ao seu lado, enquanto seu guarda, com aquela carranca profunda, estava atrás dele. Agindo como se nada tivesse acontecido, como se aquilo não o tivesse consumido momentos antes. Palanianos, ele pensou, imperturbável, enquanto Nat ainda tinha um leve rubor nas bochechas por causa de uma atividade tão flagrante e inadequada de sua parte.
Na frente deles estava o casal da noite, trocados, bem vestidos, e com apenas Frans parecendo ter acabado de fazer sexo, enquanto seu guarda, calmo e sério.

Malditos palanianos.

─ Então, meu príncipe, espero que você não tenha se incomodado muito com o... teatro, foi um pequeno presente nosso. Não é todo ano que tenho meu príncipe em casa, na minha melhor festa. ─ Frans falou sorridente, um sorriso sedutor delineando seus lábios. Seu olhar ainda estava um tanto vítreo, mas isso era habitual quando se tinha acabado de ter um orgasmo, Nat sabia que ele próprio deveria ter a mesma aparência.

─ Ah, não, acredite, eu gostei muito, já faz um tempo que não presenciei um ato como esse, muitos anos. O que me surpreende é que você foi o protagonista. Posso não estar muito envolvido em minhas fofocas sobre a nobreza, mas eu conhecia o boato de que você estava com muito ciúme desse seu guarda-costas.

Enquanto falava, o tom de Frans foi ficando cada vez mais vermelho, era bom ver, o homem era um querubim, ele poderia se passar por um garoto de 15 anos ou por um garoto de 25 anos, e no meio. Claro, sua idade era quase a mesma de Nat, sempre jovem e precioso.

─ Uh, é que nem sempre temos o príncipe em nossa casa, e achei que seria apropriado, além disso, muitos me pediram para fazer isso há anos. Aparentemente, meu guarda é muito desejado. ─ Frans arrulhou, aproximando-se do famoso guarda-costas para acariciar a bochecha do outro com a ponta do nariz. Como um gatinho.

─ Porém, embora eu queira saber mais sobre o assunto, prefiro ir imediatamente ao assunto que vim, por favor.

─ Ah sim! Gems foi muito breve ao telefone sobre essa informação, meu príncipe, então o que você precisa de mim?