6. A "Reunião".

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Sua mente ainda parecia sensível, passando por uma horrível irritação tão abruptamente, depois de quase ter o seu sonho realizado, esse tipo de coisa deixava qualquer homem impotente, porém, apenas sua mente estava um tanto contraída, e não era nem tanto assim, apenas o suficiente para saber o que havia acontecido a pouco tempo. Mas ao contrário o seu corpo não estava tão mal assim, ele ainda experimentava a animação e a excitação.

E ele sabia por quê. Mesmo tendo o borrão de algumas situações, a mais recente era a mais clara e fresca, inclusive, ele ainda sentia um pouco de calor por causa daquela pequena situação, a imagem do príncipe nu reverberando sua cabeça estava acabando com a sua postura de guarda-costas.

Por um lado, ele se sentia tão incrivelmente feliz era tão bom saber que ele não era o único que sentia algo. Era como se milhares de raios tivessem passado por seu corpo e envolvessem o príncipe contra ele, causando cada vez mais choques. Ele queria possuí-lo ali mesmo, beijar seus lábios por toda a eternidade enquanto se perdia dentro dele, Max estava mais confiante agora que sabia que seu pequeno príncipe também desejava isso.

Ele queria vê-lo se perder no prazer, continuar ouvindo aqueles gemidos roucos e latejantes. Mas, claro, as circunstâncias não eram as melhores.

Ele acabou de sair do quarto do príncipe e estava com fome e cheio de energia, e queria fazer muitas coisas, mas nenhuma dessas opções era passar tempo com os pais de Nat. Ele só os encontrou algumas vezes, já que eles não gostavam de fazer parte do grupo social de seu filho, e nessas poucas ocasiões, ele o tratou como a pior escória que existe, o pior dos cães. Eles ainda pensavam que Kor era um guarda melhor, um parceiro melhor, tudo melhor para o filho deles, mas Max tinha uma leve suspeita de que eles queriam usar aquele homem mais como um controlador do príncipe do que como seu guardião.

No entanto, essa era outra história para contar e ele não conseguia mais pensar nisso quando estava alguns passos atrás de seu príncipe entrando no grande salão de baile do palácio de seus pais.

Era ridiculamente óbvio que eles vinham planejando esse tipo de festa há muito tempo, não era segredo para ninguém que o príncipe gostava de evitar festas ostentosas. Ele gostava mais de estar em privado, provando bebidas caras e beijando caras bonitos. Max não era estraga-prazeres, por isso preferia estar nos bastidores, se fosse convidado, ficava feliz em ir, fazia questão de ser o centro das atenções por alguns minutos para que todos soubessem quem estava presente e depois ir para algum lugar privado com a sua raiva borbulhante ao ver o príncipe se esfregando em outra pessoa.

Como sendo um príncipe Nat tinha muitas pessoas ao seu redor mas confiava em poucos, muitas das vezes ele nem gostava de toda a bajulação, ele gostava de apenas passear com seus amigos mais próximos, ele odiava a falsidade com que muitos se aproximavam dele para usar seu poder e subir de nível, Max havia notado que essa hipocrisia, e a falsidade era o pão de cada dia onde a riqueza e o poder eram mais importantes do que qualquer outra coisa.

Nat era muito disputado mesmo alguém sendo apenas um amante do príncipe era um lugar de altíssimo poder, e muitos tentaram entrar na cama dele, mas Nat não tinha chegado onde estava por causa de seu rosto bonito, isso era certo, ele era inteligente.

-Sua Alteza Real o Príncipe Nat Uareksit - Disse o mestre de cerimônia, sua voz alta, forte e poderosa, para que pudesse ser ouvida em todos os cantos da sala, que era grande e extremamente bonita, as janelas grandes e lisas estavam por toda parte, cortinas de seda pastel as sombreavam e eram fechadas apenas para dar aquele ar íntimo. Não havia lua, mas isso não importava, as estrelas iluminavam o céu e os enormes lustres de vidro caíam do teto como uma chuva fina.

Dava para ver a riqueza, a presença e o poder que os donos do lugar tinham. Mostre a todos quem mandava. Essa era a ideia pregado por todo iliniano.

O rei e a rainha estavam sentados em seus enormes tronos de veludo vermelho, muito parecidos com o do filho, em uma pequena plataforma elevada, na extremidade e no centro, como os reis de antigamente. Muitos podem pensar que foi um insulto ao próprio filho, o príncipe regente, mas muitos outros monarcas s fizeram o mesmo em seus lugares; no final, o poder importava, e não a família.

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