Capítulo ONZE - Domínio e Ascensão

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Um exército de criaturas maléficas, vindas de Margholia, marchava impiedosamente. Gigantes carregavam tronco de árvores em uma das imensas mãos. Dragões negros avançavam na noite cuspindo fogo pelos céus. As árvores estavam todas incendiadas. Não havia mais vilarejo. Ônix gargalhava no meio daquela multidão de criaturas. Seu poder queimava dentro dela. Lembrou-se da última guerra, em que foi aprisionada por um Nascido da Sombra, que resolveu se sacrificar para salvar aqueles que não eram dignos de salvação. Mas, agora era diferente. Ela havia sido solta, depois de tantos anos.

E estava mais forte. Cada vez mais seu poder crescia dentro dela. Vampiros, gnomos, Lobisomens, todos estavam servindo-a. Todas as criaturas banidas agora serviam a ela.
Deixara Meregalda cuidando da garotinha ingênua, enquanto ela colocava seu plano em prática. Seu Domínio e a Ascenção no reino de Athban. Ela tomaria controle sobre todos os reinos.

 Ela sobrevoava pelos céus, adorava sentir o vento tocar seu rosto. Olhava para baixo e via as pessoas correrem assustadas serem assassinadas pelo seu exército. Ela invocava com um mexer de dedo, galhos de árvores que brotavam no chão. Um galho entrou dentro da boca de uma mulher que gritava, fazendo ela se engasgar, e o sangue jorrando de sua boca, enquanto cada vez mais o galho entrava dentro dela, esmagando-a por dentro. Fez com que um galho entrasse dentro do vestido de uma mulher que estava correndo, entrando por suas partes intimas, matando-a. Gritos e mais gritos vinham por todos os lados. Seu poder ficava pulsando, ouvi-los gritar a deixava com mais vontade de matar. Veias negras saltavam de seu rosto, tornando-a mais assustadora.

Seu vestido escarlate esvoaçava ao vento, não usava sapatos. Estava descalça. Não se importava.
Naquela escuridão, um dragão emergiu dos céus e derrubou os muros do portão. Os guardas gritando de dor, enquanto seus corpos eram incendiados.
As criaturas entraram, os soldados se renderam. E, Ônix desceu, tocando os pés no chão ela avançou, subindo as escadas do reino. O chão estava gelado. Esticou as mãos e a porta se abriu com um estrondo da força de seu poder.
E, num trono feito de diamantes reluzentes á luz da lua, estava um rei velho, com um manto de linho escuro. Em seu rosto havia uma cicatriz no olho esquerdo.
- Olá, Ônix. – Saudou o rei – Estava esperando.
Ônix deu um risinho.
- Mas, não precisava assassinar todas aquelas pessoas... – disse Ulthred – Gostaria de um pouco de vinho?
- Não, muito obrigada. – respondeu ela, dispensando o vinho do rei, embora ela gostasse muito.
- Muito bem, então. – disse – Como eu estava dizendo, não precisava...
Ônix interrompeu-o:
- Eu sei quem eram aquelas pessoas! – disse Ônix, olhando fixamente para ele – Foram as mesmas que ficaram contentes em me aprisionar e fizeram de tudo para que acontecesse! Mas não se preocupe, deixei algumas irem.
Ulthred ergueu a sobrancelha.
- Como você é... – começou o rei a dizer.
- Cuidado com o que vai dizer, Ulthred.
- Mentirosa!
Ela riu.
- Mentirosa, eu?
Ônix foi até ele, e agarrou seu pescoço, suas unhas penetrando sua carne.
- Como você ousa? Esqueceu quem eu sou? – perguntou ela, levantando o rei de seu trono, sem esforço algum.
- M-me desculpe... – disse Ulthred, com muito esforço, pois já estava perdendo o fôlego – Eu não fiz parte daquilo, você sabe... Os bruxos me obrigaram!
Ônix o encarou.
- Quem é o mentiroso agora?
- E-eu...
- Você estava lá, na guerra, você estava lá Ulthred! Eu me lembro claramente, você com seu exército, e os Nascidos das Sombras, unidos, prontos para o embate final. A minha prisão eterna! Anos eu passei sonhando com o dia que me vingaria de todos vocês!
- M-mas você era...
- Cruel? – indagou Ônix a si mesma – Isso eu nem sempre fui!
- E n-ninguém tem culpa de você...
- Cale a boca, Ulthred!
- Ter sido violada!

E então, Ônix gritou em fúria. Cravou as unhas no pescoço de Ulthred, perfurando sua pele, e viu o rei Ulthred dar seu último suspiro.
Ônix largou o corpo sem vida no chão, suas mãos que estavam encharcadas de sangue, começou a lamber, enquanto se assentava no trono. Um vampiro que estava ao lado dela a encarou, Ônix fez um gesto pedindo que ele se aproximasse, e encostou seus lábios sujos de sangue e começou a beijá-lo. Sentiu sua língua firme envolver a sua dentro de sua boca, um beijo quente, com gosto de sangue era tudo o que ela gostava. Esticou seu pescoço para que ele a mordesse, e sentiu-o cravar os dentes no pescoço dela, excitando-a. Ônix arfava, desejando-o. Sentiu suas mãos frias se enfiarem por baixo de seu vestido, tocando-a, enfiando o dedo dentro dela, enquanto ele se alimentava de seu sangue.

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