Levi Prescott:
Spike e eu decidimos começar o dia com um café da manhã tranquilo. Descemos para a lanchonete, onde o aroma de café fresco pairava no ar.
Sentamos à mesa para compartilhar uma refeição, e ele compartilhou uma novidade que tinha encontrado, o que me fez rir. Durante o café da manhã, a conversa animada e os risos dos amigos presentes preenchiam o ambiente, ajudando a dissipar qualquer resquício de estranheza que eu pudesse sentir.
No entanto, minha mente ainda estava ocupada com as imagens da noite anterior. Enquanto saboreava meu café, olhei para Spike, perguntando-me se ele estava escondendo algo.
— Do que você se lembra da noite passada além da raposa que invadiu o quarto? — Perguntei.
— Só vi que ela entrou e não representava nenhum tipo de perigo para você. Senti o cheiro do seu brinquedo de pelúcia e voei em sua direção. Quando voltei para o quarto, você estava dormindo, e a raposa tinha ido embora, falando com uma voz infantil — Spike disse, sem indícios de mentira em sua expressão. — Foi só isso. Ela era apenas jovem e deve ter se machucado, já que um espírito de raposa não é muito ágil.
Realmente, ele não sabia de nada do que aconteceu ontem, mas eu ainda lembrava da raposinha.
— Você disse espírito de raposa? — Perguntei.
— Sim, pelas caudas, era o espírito de uma raposa de duas caudas mais pelo visto era muito novo — Spike disse.
Enquanto eu processava a informação, algo chamou minha atenção. Naquele momento, um homem desconhecido apareceu na lanchonete, observando-nos de longe. Seus olhos dourados brilhavam, e uma sensação familiar percorreu minha espinha.
— Spike, você está vendo esse homem ali? — Apontei discretamente na direção do desconhecido.
Spike franziu a testa e olhou na direção que eu indicava. Seus olhos encontraram os do homem, e uma expressão de perplexidade cruzou seu rosto.
— Não vejo ninguém, Levi. Do que você está falando?
Um arrepio percorreu minha espinha. A presença do homem misterioso da noite anterior voltou a assombrar meus pensamentos. Tentei ignorar, voltando-me para meu café.
— Talvez tenha sido minha imaginação. — Murmurei para mim mesmo.
No entanto, a inquietude persistia. Enquanto continuávamos nosso café da manhã, uma sensação de que algo maior estava em jogo pairava no ar. Decidi deixar essas preocupações de lado por enquanto e aproveitar o restante do dia.
Depois do café, decidi dar um passeio pela cidade, na verdade o professor cancelou a aula numa velocidade absurda dizendo que não estava muito bem. A brisa fresca da manhã e o sol acolhedor ajudavam a clarear meus pensamentos. Ao percorrer as ruas familiares, encontrei alguns amigos da faculdade e troquei cumprimentos amigáveis.
Durante o passeio, minha mente voltou à noite anterior, e decidi passar por alguns lugares para me acalmar. Talvez isso me ajudasse a acalmar a mente o máximo que pudesse.
À medida que caminhava, algo chamou minha atenção. Uma pequena loja de antiguidades, cuja fachada eu me lembrava vagamente das visões noturnas. Decidi entrar, curioso para ver se encontraria algo que pudesse esclarecer os eventos misteriosos da noite anterior.
O sino da porta tilintou suavemente quando entrei na loja. O lugar estava cheio de móveis vintage, artefatos peculiares e objetos curiosos. Enquanto explorava as prateleiras, uma peça específica capturou minha atenção: um antigo livro encadernado em couro.
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Elo Sagrado (MPreg)
RomanceQuando Levi completou vinte anos, seu mundo sofreu uma reviravolta. Inicialmente, sua única preocupação era concluir a faculdade; contudo, sua perspectiva mudou drasticamente ao descobrir a existência de um universo repleto de criaturas conhecidas c...