Elo Sagrado (MPreg)

Capítulo Treze

Levi Prescott:

Darwin investiu contra Lídia, que deu um golpe para cima com a lança. Um corte surgiu no rosto de Darwin, enquanto ele, desorientado, avançava novamente contra Lídia.

Desceu sua lâmina, tentando ferir Lídia rapidamente, mas ela não estava lá. Olhei para cima, e ela estava suspensa no ar, lançando-se em minha direção, golpeando para o lado com a espada ao descer. Darwin não foi rápido o suficiente e acabou caindo no chão, atordoado.

— Você é bom em um pouco de habilidade, mas não sabe usar a força do seu corpo e da arma em sua mão ao seu favor. — Lídia disse e cravou a espada no chão a centímetros do olho esquerdo de Darwin.

Observava a cena enquanto meus pais, Cilas, Thackery e Spike se aproximavam para impedir o pior. Pai Jacob tampou os olhos de André e saiu correndo para fora do salão com o restante dos convidados. Quando vi a mão de Darwin brilhar com força, uma espada surgiu no ar, cravando-se no ombro de Lídia, que foi jogada para cima.

— Filho da... — Lídia rosnou, avançando com a espada em mãos contra o rosto de Darwin e recuperando sua arma.

Corri na direção deles, sentindo meu poder surgindo novamente de dentro de mim.

— Avó! Darwin! Parem! — Gritei, e uma aura laranja se expandiu do meu corpo, congelando os dois a centímetros um do outro, impedidos de se moverem pela aura laranja que se formava em caudas de raposa ao meu redor.

Com a aura de caudas de raposa fluindo ao meu redor, eu tentava controlar a situação, surpreso com a intensidade do meu próprio poder. As caudas pareciam dançar no ar, refletindo minha agitação interna.

— Mestre Levi você é poderoso — Ciel disse.

— Levi, o que está acontecendo? — Spike perguntou, olhando para mim com preocupação. — Quem é essa criança ao lado do seu ombro?

— Eu... Tenho muito que contar para vocês. Algo despertou dentro de mim horas atrás — murmurei, tentando manter o controle sobre a situação.

Darwin e Lídia estavam congelados, os olhares furiosos mantidos um no outro. A tensão no salão era palpável.

— Você... você é um híbrido? — Cilas perguntou, olhando para mim com olhos curiosos.

Balancei a cabeça, ainda tentando entender a extensão do que estava acontecendo. A aura de caudas de raposa parecia ter vida própria, reagindo ao meu estado emocional.

— Parece que as revelações não param por aqui — Thackery comentou, observando a cena.

Enquanto tentava processar a situação, senti que a aura começava a se acalmar, as caudas de raposa diminuindo lentamente. Olhei para Darwin e Lídia, ainda imóveis, e suspirei aliviado.

— Soltem-nos, Levi — pediu Lídia, com uma pitada de raiva em sua voz.

Relutantemente, afrouxei meu controle sobre a aura, permitindo que eles se movessem novamente e meu poder voltando para dentro de mim.

— O que aconteceu aqui? — Cilas questionou, examinando a situação.

— Eu não sei ao certo. Isso despertou dentro de mim, e essa aura... que ainda não consigo controlar totalmente é parte do meu poder — expliquei, ainda perplexo com a reviravolta dos acontecimentos.

Spike se aproximou, segurando minha mão.

— Parece que temos muito a descobrir sobre você, Levi — disse ele, oferecendo apoio.

Enquanto o salão se recuperava do susto, percebi que Spike estava olhando para Ciel.

— Esse é o meu guarda espiritual que meu irmão disse para me proteger quando selou meus poderes e memórias nesse corpo — expliquei. — Por que estão te vendo sem que você tenha permitido?