Capítulo Vinte e Sete

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Spike Ko-go:

No dia seguinte, refleti com desconfiança na expressão misteriosa que ele tinha ontem. Havia algo que parecia querer escapar de seus lábios, mas, ao final, ele optou por manter silêncio.

A sensação de desconforto tomou conta de mim, e eu vaguei de um lado para o outro em nosso apartamento, com as mãos cruzadas atrás das costas. Perguntas pairavam no ar sobre o que ele estava pensando e por que optou por não compartilhar comigo.

O dia se arrastou, e até no trabalho comentaram sobre minha expressão revoltada. Reiny, com sua perspicácia habitual, afirmou que o que eu estava sentindo era o reflexo de um homem verdadeiramente apaixonado diante do mau humor de seu grande amor.

Agora, no dormitório, aguardo ansiosamente sua chegada para discutirmos o assunto que o fez recuar no diálogo. Quando a porta se abriu, ele entrou, lançando-me um olhar curioso, mas logo sorriu, quase conseguindo arrancar um riso de mim.

— O que aconteceu? Porque está com essa expressão? — Ele perguntou fechando a porta atrás dele e jogando a mochila em cima de uma cadeira.

— Você que está estranho — Falei. — Ainda mais depois do encontro com o Natsuls.

— Estou bem, mas quero que saiba que se quiser, posso cuidar das coisas do meu irmão. E se ele pensa que pode se intrometer na minha vida daquela maneira — Levi disse, bufando para mim.

— Entendo que queira cuidar das coisas do seu irmão, Levi, mas estamos juntos nisso. Não precisa enfrentar tudo sozinho — comentei, tentando transmitir apoio.

Levi assentiu, parecendo um pouco mais tranquilo. Percebi que havia algo mais em sua mente, algo que não queria compartilhar facilmente.

— E sobre o que aconteceu ontem, o que estava pensando em dizer? — perguntei, buscando entender melhor o motivo de sua hesitação.

Levi suspirou antes de responder, revelando um pouco da inquietação que carregava consigo.

— Era que antes de você chegar eu e Lilal conversamos com a Kagome, Spike. Mas, no final das contas, achei melhor não dizer nada ou muito menos falar das coisas que meus irmãos fazem. Só quero focar em nós dois e no nosso futuro. — Ele segurou minha mão, buscando transmitir tranquilidade.

Compreendi que, às vezes, há momentos em que algumas coisas precisam ser deixadas de lado para preservar o que é mais importante. Juntos, enfrentaríamos os desafios que surgissem, fortalecendo nosso vínculo e construindo um caminho para o futuro.

Puxei-o para os meus braços, fazendo-o cair sentado no meu colo.

— Eu te amo — Falei, beijando-o no pescoço.

— Eu te amo mil vezes mais — Levi respondeu, selando nossas palavras com um carinho sincero.

Fechei a boca no pescoço dele, os dentes afundando e os lábios sugando a pele e o mesmo fez um barulho assustador antes de se transformar em um longo gemido. Devo dizer que sua pele é incrível como cheirava tão bem.

Chupei mais forte, duro e rápido, precisa disso. Apertei seus quadris contra meu colo e ouvi soltar um gemido. Levi estava tentando abrir meus jeans, mas se atrapalhou com a mão livre entre nossos corpos, me movi para fazer o mesmo e soltando um grunhido de frustração quando o jeans estúpido dele recusou a ser puxado para baixo. Finalmente, consegui puxar para baixo e rasguei a cueca dele que soltou um grito.

— Que brutalidade!

— Se você não tivesse vestido esses jeans sacanas dois números menores, não teria sido tão difícil. — respondi, acabando se atrapalhando com meu próprio zíper e o mesmo estalou os dedos e destruiu o tecido. — Quanta brutalidade.

Elo Sagrado (MPreg)Onde histórias criam vida. Descubra agora