BEATRICE SAVÓIA.
Passo pelo hall da mansão principal, sem me importar com formalidades, não comprimento as pessoas que passam diante à mim. Indo direto até o meu propósito, bou até o jardim lateral da casa do meu irmão Sebastian, em visto que, agora ele é o chefe dessa organização e sua casa se torna a mansão principal. Quando finalmente encontro o primeira-dama, não consigo medir meus passos apressados até a mesma.
—Ah! Olá, Bea. – me cumprimenta, ao perceber minha presença se põe de pé com Vito adormecido em seus braços – Pensei que não viria até aqui hoje.
— Onde está meu irmão, Harper? – instantaneamente ela me olha confusa, pela forma que me dirijo à ela com as palavras rígidas.
— Uou! O que houve? – pergunta confusa, entregando rapidamente meu sobrinho para a babá ao seu lado e caminhando até mim.
— Preciso falar com Sebastian rapidamente. – engulo seco, olhando para os lados, esperando vê-lo em algum lugar.
— Ele.. ele está lá em cima tomando banho, mas caso..
— Obrigada, cunhada! – sem deixar que ela termine, começo a correr pelo extenso jardim, adentrando rapidamente na mansão e indo até a escadaria.
Se minha mamma visse a forma que estou correndo, certamente iria me repreender pela falta de educação. Mas nesse momento estou jogando toda a minha educação e boas maneiras para os ares! Cresci em uma casa repleta de amor e carinho, apesar do que apresento ser, tive grande aulas de etiqueta e boas maneiras. Para a sociedade eu sou uma verdadeira dama.
Mas para a associazone eu sou um diamante bruto, como muitos me chamam. Com muita insistência consegui ser a primeira mulher a fazer uma iniciação na mafia italiana. Mesmo com desaprovações, meu pai e meus tios não se importaram e continuaram a permitir meu acesso. Muitos questionam o porquê Jane, minha prima, não quis fazer também. Diferente de mim, ela prefere missões do que trabalhos rápidos, como eu faço.
Subo no quarto andar, abrindo a única porta dupla do andar, o que indica que é à suite deles. Quando entro no enorme cômodo branco e cinza, encontro meu irmão em pé em frente a varanda, com uma toalha branca enrolada na cintura. Os fios loiros escuros estão molhados, escondendo a cor real deles. Sebastian não se vira para ver quem invadiu seu quarto dessa maneira, apenas ouço seu respirar.
— O que aconteceu, Bea? – pergunta suave, movendo os tornozelos e virando-se na minha direção. – Ou apenas veio até minha casa atoa? Não se esqueça que é meu dia de folga.
— Você sabe bem o que aconteceu! Tenho certeza que foi você a compactuar com tudo isso.
— Do que você está falando, minha loira bruta? – ele pergunta sem compreender, pegando o controle do ar condicionado em cima da cama e ligando o mesmo.
— Papá soltou hoje no almoço que já têm um pretendente pra mim! – sua feição muda, me olhando de forma surpresa – Isso mesmo, aos olhos de papai, irei me casar o quanto antes. Pode me dizer como isso foi acontecer?
— Eu também não sei, Bea. Papai realmente comentou comigo, mas como chefe, pedi para que ele esperasse eu analisar a situação pra tomar uma decisão – ele resmunga – Mas aparentemente ele não deseja saber minha opinião, já que tomou uma decisão concreta.
— Como assim uma decisão concreta? Temos que fazer algo para impedi-lo, Sebas! Não posso me casar com um desconhecido. – esbranjo irritadiça – Isso está fora de cogitação! Você é o cazzo do chefe dessa associação, deve fazer alguma coisa para impedir isso.
— Ele ainda é nosso pai, Bea. Se tomou uma decisão sobre você, que ainda é solteira, mesmo eu sendo o chefe não posso fazer nada! A não ser que isso arrisque sua vida, mas fora isso, a decisão está nas mãos do nosso pai.
— Então será assim? Minha própria família vai virar as costas pra mim? – falo com um nó na garganta.
— Não estou virando as costas, só estou dizendo que será difícil ajuda-la nessa condição. – ele dá um passo na minha direção – Arrume suas coisas.
— Pra que? Já pensa em me jogar no covil do lobo? – arqueio uma sobrancelha, mostrando minha curiosidade.
— Tenho uma missão pra você em Veneza. Estou investigando algumas pessoas que tinham contato direto com Verônica. – ele caminha até seu criado-mudo, pegando uma pasta transparente e voltando para perto de mim. – Aqui está a lista das pessoas que possivelmente estão envolvidas no ataque de Jane.
— Pensei que esse caso estava fechado. – questiono abrindo a pasta e me deparando com vários nomes. – Têm um nome específico aqui.
— Sim! O acessor de Catarina mantinha contato com Verônica, o que tudo indica que ambas trabalhavam para o mesmo mandante. – ele pressiona a mandíbula – Precisamos saber quais desses nomes teremos que silenciar. Os turcos estão por trás disso e temos outros suspeitos.
— Que são?
— Isso é assunto para outro dia. Agora, se preocupe em arrumar sua mala pra algumas semanas, ficará na casa de Jane. Terá Vicenzo e o irmão dele, Cristian para lhe ajudar.
Meu coração para por alguns segundos, minha barriga se meche e minhas mãos soam.
— Como quiser.
Continua em: A Prometida.
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SubChefe - Nova Era 2 - Conto
RomanceVol.2 Nova Era - Série da Máfia Armando Savóia, um verdadeiro galã de novela; assim ele é conhecido por toda a mídia e por trás dos panos brancos, ele é o subchefe da maior associação criminosa do mundo. Ágata, uma menina que sofreu muito na infânc...