Capítulo 15

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ARMANDO SAVÓIA.

O relógio na parede marca cinco minutos pras sete, o que indica que estamos aqui há mais de duas horas. Uma sala grande, com um bom espaço e vista para a cidade da Sicília, que começa a exibir o grande céu escuro da noite. Carros se movimentam pela extensa pista, enquanto pessoas andam na calçada com pressa. Não podemos esquecer dos infinitos iluminadores de rua.

O barulho da destranca automática é ouvida pela sala, na escuridão que se encontra, assim permanece quando a porta dupla é aberta. A silhueta do presidente é vista rapidamente, mas quando seus olhos encontram Sebastian sentado de forma relaxada em sua cadeira, me tendo em pé ao seu lado, ele tenta correr até a porta, dando de cara com Donato. Meu irmão mais novo sorri, negando com a cabeça para o nosso presidente e fechando a porta dupla.

— Já estava de saída, senhor presidente? – meu irmão questiona de forma suave, mostrando que está bem calmo. Ele se levanta da cadeira, arrumando seu terno e olhando para o homem de meia idade.

— Tenho guarda-costas, se eu não apertar o botão daqui cinco minutos, o exército estará todo aqui. – ele fala, como forma de nós amedrontar – É melhor irem embora.

— Em cinco se faz muita coisa, não é? – Sebastian olha pra mim, sorridente acabo concordando com a cabeça. O presidente engole seco, olhando para Donato atrás de si, como um guarda-costas. – Posso lhe dar um tiro na testa, perfurar seu coração com uma adaga ou simples te enforcar. Sabe a semelhança de tudo isso?

— N-não! – o presidente respondeu.

— Você morto. E sabe o porquê? – Sebastian para na frente do mesmo, que continua paralisado.

— Não! Eu não sei.

— Pare de mentir, presidente – digo, atraindo sua atenção quando dou um passo à frente – Você sabe o motivo de estarmos aqui. Não cumpriu a sua parte no acordo, colocando nossas cabeças em jogo, então viemos atrás da sua.

— Do quê está falando?! Nunca descompriria nosso acordo! Isso só pode ser um engano..

— Os seus agentes estão investigando à mim e minha família. – Sebastian fala, de forma natural, o que assusta ainda mais o senhor de cabelos brancos. – Nosso trato foi bem claro quando disse que não queria seus agentes me rondando! Você só está nessa presidência por minha causa.

— Não fui informado sobre isso! Sou o presidente, não o diretor do maldito DIA! – esbranja irritadiço, meu irmão apenas ergue uma sobrancelha, fazendo o homem abaixar levemente a cabeça em respeito – Ligue para o Conti, mande-o vir até aqui! Ele sim sabe o que está acontecendo lá.

— Só um momento – o celular de Donato toca, ele pega o mesmo saindo da sala.

— Resolva esse problema. Não pago rios de dinheiro para quê você faça seu trabalho mal feito! – Sebastian toca no ombro do homem, que segue com o olhar o gesto do meu irmão.

— Não compreendo o que pode ter acontecido! Tentarei verificar, mas..

— O quê? – pergunto.

— Várias ruas estão sendo incendiadas em todo o país, mortes suspeitas e corpos por todo o diâmetro da Itália! Isso está assustando o povo, a situação está saindo do controle aos poucos. – ele explica, de forma mais branda que encontrou – Só estou querendo dizer que precisamos arrumar uma forma de mudar isso.

— Já está feito! – Donato adentra na sala, observando a forma que Sebastian olha para o presidente – Agente Sartori foi silenciada.

— O quê? Como? – ele pergunta perplexo – Do que ele está falando?

— Sua agente veio atrás do que não devia, achou o que não queria e agora deve estar com baratas na boca. – meu irmão se afasta do presidente – Fique de aviso à você e todos do governo italiano, com os Savóia não se mexe. Controle a população, que eu matarei quem está causando tudo isso.

SubChefe - Nova Era 2 - ContoOnde histórias criam vida. Descubra agora