Capítulo 16

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HARPER SAVÓIA.

— Aceita mais um pouco de chá, Ágata? – questiono, adicionando-a minha xícara mais do liquido esverdeado. Ágata parece preocupada, sempre avaliando ás horas em seu relógio de pulso.

— Não! Mas agradeço. – me devolve um leve sorriso – Você tem noção de que horas eles retornam? Estou preocupada já.

— Não têm como saber, querida. Eles foram resolver alguns imprevistos, isso pode levar horas ou dias.

— Dias? Como assim.. está dizendo que ele pode ficar longe de casa por dias?!

— Isso mesmo, Ágata. Agora que você é esposa de um deles, posso lhe dizer, com propriedade que terão momentos como esse. Eles ficarão dias fora de casa resolvendo problemas na associazone, e com certeza você ficará louca querendo saber o que está acontecendo. Mas siga meu conselho quando digo: relaxe.

— Realmente é difícil seguir um conselho desses.

— Não disse que seria fácil, mas que deveria segui-lo. Você está gravida agora, precisa colocar sua atenção apenas em seu bebê! Não pode passar por momentos difíceis.

— Dizer é tão mais fácil! – suspira – Infelizmente isso está acabando com meu psicológico aos poucos.

— Se acalme, tudo dará certo. – digo, mas ouço um barulho muito conhecido por mim – Já volto, me espere aqui.

Da sala de espera que estamos, posso ouvir a tranca do escritório do meu marido ser aberta, o que indica que ele já chegou. E se ele está de volta, meu cunhado também está, o que acalmará bem à Ágata. Ela é uma menina de ouro, um belo coração que infelizmente será corrompido durante o tempo nessa família. Não estou afirmando que eles são pessoas ruins, apenas que para conviver com lobos você não poderá ser à presa.

Eles são acolhedores, uma verdadeira família e o que inveja as outras mafias é a união que eles têm. As pessoas que estão na associazone os seguem e respeitam com benevolência! Se orgulham de tê-los como família principal, trazendo respeito de outras mafias de forma exemplar. Um grande exemplo disso é os espanhóis, uma família muito influente no mundo social e nos negócios ilícitos. Como meu marido gosta de sempre dizer: seja companheiro de seus amigos e leal aos seus inimigos.

Quando posiciono minha digital no leitor, a porta dupla de madeira se abre me dando uma visão que não esperava. Catarina Morft está abaixada ao lado de uma gaveta, procurando algo. Quando dou meu primeiro passo, ela escuta se erguendo rapidamente. Para uma modelo tão requisitada, ela perde facilmente sua postura. Respirando pela boca, como se faltasse ar em seu nariz. As mãos tremem levemente, apertando uma na outra. Os olhos focados em mim mal piscam, não querendo perder um movimento meu.

— O que faz aqui? – questiono, dando um passo à frente, atraindo ainda mais sua atenção aos meus passos.

— Eu.. – olha para o chão, como se procurasse algo – Vim atrás de Armando.

— Não minta pra mim. Infelizmente estou em um dia complicado, se não quiser acabar com formigas na boca e um tiro na testa, sugiro que fale somente a verdade e rápido. – novamente me aproximo, fazendo a mesma recuar com a minha aproximação. – Seu tempo está passando!

— Somente procurava Armando! Ele pediu para que eu lhe esperasse aqui. – seus olhos não focam em mim, sempre olhando para qualquer outro ponto da minha face. – Sua mentira é péssima, principalmente porque fui informada do seu castigo há dias atrás. Eu sou a primeira-dama, Catarina. Deveria saber que comigo não se brinca.

— Me.. me desculpe! Eu somente estou seguindo ordens. – gagueja, colocando a mão na boca, como se estivesse sendo bastante dor. O que com certeza deve ser verídico, em visto o que meu cunhado fez com ela.

— Ordens de quem? E sugiro que fale somente a verdade, você entrou em uma casa bem vigiada somente porque ainda tinha autorização. Mas invadir o escritório do chefe da associazone é demais, até para você. Sabe que não sairá mais daqui, não é?

— Não irei mesmo! – ela saca uma pistola da bolsa que usava, quando eu ia puxar a minha, ela aponta para sua própria cabeça – Mas também não vou colaborar com vocês! Quero que todos vão para o inferno.

Ela dispara. O som do tiro ecoa como uma musica por todo o escritório, em poucos estantes vários soldados ativam o alarme de perigo, que destrava a porta do escritório em segundos. Quando todos entram, tem a mesma visão que eu: Catarina caída no chão, com pedaços de pele cerebral pelas paredes, juntamente com o sangue. Alguns respingos de sangue estão em meu vestido, me deixando totalmente intrigada.

— O que devemos fazer senhora? – o chefe de segurança pergunta, um pouco atrás de mim.

— Ligue para o meu marido. Diga que estamos com problemas.

SubChefe - Nova Era 2 - ContoOnde histórias criam vida. Descubra agora