24- Be each other's company

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Eu e Walker passamos o restante da festa conversando, dançando, comendo e fazendo qualquer outra bobeira que tirasse uma risada um do outro.

Já falei que ter ele como companhia era maravilhoso? Só pra relembrar.

— Promete que vamos aos jardins semana que vem de novo? Nem pense em desmarcar. - Falo ao abrir a porta do carro e me preparando pra sair dele.

Minha mãe com sua alma de senhora foi embora mais cedo da festa, mas me deixou nas mãos dos Scobell para voltar viva com eles.

— Prometo Scar - O loiro que estava sentado do meu lado responde ameno com aquele típico sorriso simpático no rosto.

— Ótimo. - Respondo com o mesmo sorriso e me retiro do veículo. — Tchau Heather e Pete, obrigada pela carona!

— Até mais, querida! - Recebo como resposta.

Logo mais o carro some da minha vista e eu adentro minha casa, lugar onde eu mais presava por estar nesse momento. Meus pés já não respondiam meus comandos, aquele salto me matou.

Subi as escadas e não hesitei em correr pro banheiro e tomar um banho de gato bem rápido e poder me tacar na minha cama, só Deus sabe meu cansaço.
Acho que estou aprendendo a ser uma adolescente sem tantas responsabilidades.

— Scarlet? - Escuto a voz de minha mãe atrás da porta de meu quarto.

— É o batman. - Respondo rindo e saindo do banheiro e abrindo a porta pra mulher que estava com a maior cara de sono possível.

— Pare de ser boba, fica atrapalhando meu sono com o barulho desse chuveiro. - Ela indaga em tom de bronca mas inesperadamente entra no meu quarto e se senta na ponta da minha cama.

— Eu literalmente acabei de chegar mãe, precisava de um banho. - fecho a porta e vou até minha penteadeira passar um hidratante rápido antes de dormir.

— Me diga. - Ela muda seu tom para um nítido entusiasmo. — E você e Walker? Não tente esconder nada de mim, mocinha.

— Mãe! - A repreendi me virando para trás e pude ver a feição de " o que foi?" da mulher. — Olha rolou alguns beijinhos aqui e ali, mas não namoramos, tudo bem? - Soltei de forma natural, não de livre e espontânea pressão, imagina!

Vocês são uma boa companhia um pro outro. - Pude perceber honestidade em sua voz e expressão. — E eu sei que ele gosta de você, e você dele.

E não é que sabe mesmo, dona Camila?

— Então se caso eu chegar e falar "to namorando o Walker mãe", a senhora ficaria numa boa ou... - Vejo a mulher se levantar ficando dessa vez na minha frente puxando meu olhar pra cima.

— Sinceramente, eu não to nem ai, e eu vi o beijinho na pizzaria. - Ela levanta e abaixa os ombros em movimento constante me tirando uma gargalhada pelo seu modo irônico. — Quero que seja feliz, com quem te faz feliz. - Ela passa a mão por cima da minha cabeça em um carinho, e uma expressão afetiva se forma em seu rosto me tirando um sorriso. — Agora vá dormir logo! - Da um leve tapinha na minha cabeça e sai do quarto, antes mandando um beijinho pelo ar.

Repentina, como sempre oscilando de humor.Mas nada melhor do que ter a mãe como melhor amiga, e eu tenho.

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Scarlet! - Minha mãe aparece no meu quarto me dando um susto quase me fazendo borrar o rimel — Walker já está la embaixo. - Ela sussurra como se estivesse me contando um segredo muito importante.

— Espera um pouquinho, já estou terminando. - Falo sussurrando da mesma forma que ela, tirando sarro de seu desespero e recebo um tapinha no ombro como resposta e ela logo sai do quarto.

Como realmente estava terminando, apenas passei um perfume e desci as escadas lentamente. Estava com uma calça jeans clara de cintura alta folgada e um cropped justo branco com detalhes pretos e nos pés um vans.

A cada degrau que eu descia minha ansiedade aumentava, não via o garoto desde a festa do set e acho que esse sentimento tem nome: saudade? Talvez.

— Walker! - Acelero os passos ao ver o loiro em pé em frente ao final da escada.Não hesitei em abraça-lo, as vezes me esquecia da nossa diferença de altura e percebi que meus pés já não tocavam mais o chão.

Quando nos separamos vi um sorriso de orelha a orelha do garoto em minha frente, e também da minha mãe atrás dele.

— Vão logo, aproveitem! - Ela se pronuncia alto e depois some atrás do balcão da cozinha.

E assim fizemos, fomos até fora de casa e logo até o veículo preto que como sempre tinha Leena como motorista.
Iríamos novamente para os Jardins de Butchart e dessa vez passaríamos pela fonte do dragão, que não deu tempo pra irmos da última vez.

Walker parecia um tanto diferente hoje, cortava facilmente o contato visual e sempre estava com as mãos em movimento de forma ansiosa.Algo está diferente aqui.

𝐂𝐚𝐧 𝐰𝐞 𝐛𝐞? - 𝑊𝑎𝑙𝑘𝑒𝑟 𝑆𝑐𝑜𝑏𝑒𝑙𝑙 Onde histórias criam vida. Descubra agora