No dia seguinte, Han acordou cedo para se preparar para a escola. Enquanto o sol ainda não havia surgido completamente, ele se dirigiu ao banheiro com passos lentos e sonolentos. Lá, ele ligou o chuveiro, deixando a água quente relaxar seus músculos tensos. Enquanto o vapor se acumulava no banheiro, Han deixou seus pensamentos vagarem, tentando afastar a ansiedade que o consumia.
Ele sabia que enfrentaria outro dia na escola, outro dia de fingir que estava tudo bem. Enquanto ensaboava o corpo, Han fechou os olhos e tentou encontrar um momento de paz dentro da tempestade que era sua vida. Apesar de tudo, ele se agarrou à esperança de que um dia as coisas poderiam melhorar.
Depois de terminar seu banho, Han secou-se rapidamente e vestiu uma blusa branca, um moletom azul marinho e uma calça jeans larga. Enquanto olhava para o reflexo no espelho, ele tentou forçar um sorriso, mesmo que seus olhos ainda carregassem vestígios de dor. Com um suspiro resignado, ele saiu do banheiro e se deitou na cama novamente, esperando dar a hora de ir para a escola, e ficou pensando sobre ontem.
Ele sentiu-se dividido em relação ao dia anterior. Por um lado, ele estava aliviado por Minho ter mostrado preocupação e oferecido apoio. Saber que ele tinha alguém em quem confiar e que estava disposto a ajudá-lo trouxe um certo conforto para Han. Por outro lado, ele também estava ansioso e apreensivo sobre o que poderia acontecer se revelasse a verdade sobre os abusos que sofria em casa. A ideia de confrontar seu padrasto e enfrentar as consequências era assustadora para ele. No entanto, a presença de Minho e sua determinação em ajudá-lo também o deixaram com uma pequena centelha de esperança de que as coisas poderiam melhorar.
Bangchan bateu suavemente na porta do quarto de Han antes de entrar. Ele encontrou Han deitado da cama, perdido em seus pensamentos.
-Hey, Han, está na hora do café da manhã- disse Bangchan, com um sorriso gentil. -Vamos comer juntos, depois eu te levo para a escola.
Han olhou para o mais velho, forçando um sorriso em resposta.
-Não estou com muita fome agora, Chan. Vou comer algo mais tarde.- Jisung fala ainda com um leve sorriso no rosto.
Bangchan franziu a testa, preocupado com a falta de apetite de Han, mas decidiu não pressionar.
-Tudo bem, mas não pule o café da manhã, certo? Você precisa se alimentar..
Han assentiu, agradecendo silenciosamente a compreensão de Bangchan. Depois que Bangchan saiu do quarto, Han suspirou profundamente, sentindo um misto de gratidão e tristeza.
Enquanto caminhavam para a escola, Bangchan não conseguia deixar de se preocupar com a recusa de Han em comer o café da manhã. Ele sabia que Han estava passando por um momento difícil e queria ajudar de qualquer maneira que pudesse.
-Você tem certeza de que não quer comer nada agora, Han?-perguntou Bangchan, seu tom carregado de preocupação, ele não queria forçar o Han, mas ele estava preocupado -Você não comeu muito no jantar de ontem à noite. É importante se alimentar bem para ter energia durante o dia.
Han sorriu fracamente para Bangchan, apreciando sua preocupação.
-Eu sei, Channie. Eu realmente não estou com fome agora, mas prometo que vou comer algo mais tarde, ok? Não se preocupe.
Bangchan assentiu, aceitando a resposta de Han, mas ainda determinado a garantir que Han cuidasse de si mesmo.
-Tudo bem. Mas se precisar de algo, qualquer coisa mesmo, estou aqui para ajudar. Você sabe disso, certo?
Han assentiu, grato pela preocupação genuína de Bangchan. Juntos, eles continuaram o caminho para a escola.
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Eu entendi que você não era meu
RomanceHan conhece um garoto que faz todas suas dores sumirem, desaparecerem. Ele era o melhor amigo de Han. Até o mesmo perceber que não o via apenas como um amigo. Mas Jisung também não queria estragar a amizade, ele queria que ficar com Minho? Sim. Mas...