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19:09 da noite, Quinta-feira
Califórnia

Às ruas estavam desertas, o que é meio estranho, por ainda estar cedo

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Às ruas estavam desertas, o que é meio estranho, por ainda estar cedo.

Geralmente eu prefiro sair nesse horário, porque mais tarde às ruas ficam muito vazias, e a última coisa que eu quero é ser assaltada.

É raro, mas às vezes eu gosto de andar sem rumo de noite. É bom sentir essa brisa bater em meu rosto... É quando eu finalmente posso pensar, de uma forma que somente eu pensaria.

Nesses últimos tempos eu ando mais preocupada que o normal. De um lado é a Samantha, que a gente não vê nem o rastro... De outro é a Brenda, que não sabe escutar meus conselhos, e está indo na lábia de homem que não presta.

Eu estou tentando fazê-la perceber que isso não vai dar bom, mas ela insiste em dizer que seu coração é de pedra.

Será que ela não percebe que já está mais envolvida do que deveria?

- Aí!- Exclamo ao sentir uma pedra ser jogada em mim.

Olho para trás e não vejo nada, o que me faz sentir meus cabelos da nuca se eriçar.

Volto a andar, só que dessa vez de forma mais apressada. Não olho para trás, com medo do que eu poderia encontrar.

Sinto novamente outra pedrinha ser jogada em mim.

Estaco no lugar quando ouço passos atrás de mim.

Coloco meu capuz e me preparo para começar a correr. Mesmo sentido que minhas pernas estão para falhar, eu penso no primeiro lugar que eu poderia entrar.

Uma mão é colocada em meu ombro, e em um rápido impulso eu soco a cara do estranho.

- Filha da puta!- Uma voz conhecida grita.

- Carlos? O que caralhos você pensa que estava fazendo!?- Grito.

- Pensei que a rua fosse um lugar onde todos poderiam andar!- Sua mão ainda cobria seu nariz.

- Garoto idiota!

Ele tira a mão do nariz, e vejo seus dedos sujos de sangue.

- Você pensou que poderia ser o que?- Ele  resmunga enquanto limpa o sangue.

- Eu sei lá! Talvez um sequestrador, um assaltante ou quem sabe um estuprador!

Ele rio com escárnio.

- Ninguém seria burro o suficiente para tocar em você Camila.

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