Capítulo 6: Cuidando Dela

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Capítulo 6:

6 DIAS DEPOIS:

* 24/09/2025, Quarta-feira, Faltando 1 dia para completar exatos 1 ano e 2 meses após a morte da mãe da Anastácia, por volta das 6:06 da manhã, tomando um banho para acordar *

Acordei faz quase dez minutos e vim direto tomar um banho pra acordar e já conseguir energia renovada para um novo dia de trabalho. Fiquei cerca de vinte minutos no banho. Já faz uma semana praticamente desde o dia na casa da árvore com a Anastácia.

Seis dias pra ser mais exato. E meus pensamentos estão sempre nela. Mas nesses últimos dias ela anda bem tensa, o dia mais tenso da semana vai ser amanhã provavelmente... Amanhã completa 1 ano e 2 meses exatos... Todo dia 25 ela fica assim.

Ao terminar de tomar banho me arrumei com as minhas roupas típicas de fazenda. Minha cabeça estava nela, estava preocupado. Ela tende a se isolar e ficar mais quieta por volta desse dia. Ela tinha melhorado tanto, mas foi só chegar o dia que todos já percebemos a tensão vindo dela, a tristeza e a quietude.

Por isso mais do que nunca estamos tentando não deixa-la sozinha, eu continuo chamando ela para vir comigo e estou conversando e tentando prender a atenção dela em mim o máximo possível, não gosto de saber que ela fica pensando em coisas negativas nem se culpando, mesmo que eu saiba que isso é normal pra alguém de luto... Ainda sim fico muito preocupado com isso e quero ajudar o máximo possível.

Peguei as coisas que levo todos os dias colocando em meus bolsos e arrumei meu cabelo, penteando do jeito que gosto. Dei tchau pra minha mãe e pra minha irmã e sai indo para a caminhonete. Liguei e segui caminho até a grande casa. Não era muito longe da casa que eu fico com minha família, por isso cheguei rápido como sempre e fui direto para a cozinha tomar café com eles. Me sentei com Francisco e Vinícius e ficamos conversando até que Anastácia chegou... E como sempre eu perdi os rumos de meus pensamentos com a tamanha beleza dessa mulher... Como ela pode ser tão linda?

— Bom dia, Aninha. — Falo quando consigo voltar a falar.

— Bom dia Emílio. — Ela respondeu com aquele sorriso lindo dela.

Durante o café da manhã todo eu só conseguia me concentrar nela e em cada movimento doce e delicado dela, como sempre.

Desde o início ela sempre foi a mulher que fazia meu coração correr maratonas... Desde no passado, quando ela era apenas uma criança e eu um adolescente, quando eu tinha de me esforçar para não pensar nela, que era tão pequenina... Até hoje.

— Aninha, Aninha. Hoje você cuidar dos animais comigo. — Falo e todos na mesa sorriram, principalmente ela.

— Pode deixar... Podemos ver os cavalos primeiro? — Ela pergunta animada.

— O que você quiser. — Digo e então ouvimos Francisco e Vinícius dizerem um "Uuuuhh" que nos fez revirar o olhos.

— Parem com isso... — Anastácia disse com vergonha, como ela sempre fica nessas situações.

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