Capítulo Nove

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Eu indiquei o local onde eu trabalho e ele estava indo em direção ao local. Até que então surgiu uma pequena dúvida em mim.

— João, sobre o que você e meu pai estavam conversando?

— Assuntos que não são da sua conta.

— Qual foi? — perguntei indignada.

— Você vai me falar o que você conversou com a sua mãe?

— Nem ferrando? — disse como se fosse o óbvio.

— Então, eu também não vou falar.

— Mas é meu pai.

— Quando?

— Quando o quê? — perguntei confusa.

— Quando eu perguntei se era teu pai ou não?

Meu rosto se fechou em uma careta de indignação e eu dei um soco no braço dele.

— Repete se tu tem coragem.

— Ai ai, desculpa, foi só uma brincadeira... Teu soco dói, sabia?

— Não é a primeira vez que esse assunto em questão é debatido aqui.

— Então vai se foder.

Dei outro soco nele, dessa vez, na perna dele.

— Desculpa, desculpa! Dá pra parar de ficar me batendo?

— É só parar de falar besteira, querido.

— Ridícula — me xingou.

Esse menino é burro ou se faz?

— Tá querendo outro soco? Dessa vez eu dou no meio da costela.

— Oh Lalynha, meu anjo, eu tô brincando só, te amo viu?

Revirei os olhos e balancei a cabeça negativamente.

— Tá, tá bom, só dirige rápido.

— Você vai dizer que me ama de volta não?

— Não, agora dirige.

Ele fez uma cara de indignado, mas fez o que eu pedi.

♪ ♪ ♪

— E então, quais os resultados gerais da conversa com o reitor? — perguntou assim que eu entrei no carro dele sorrindo minimamente.

— Eu vou participar das aulas de forma EAD, mas preciso vir pra cá ao menos nas sextas durante as semanas de provas, já que eles vão me mandar pelo email e eu vou fazer lá em sp, ai nas sextas só vou precisar entregar tanto as provas quanto as atividades.

— Mas ai fica fácil pra você colar, não é?

— Teoricamente sim, mas eu assinei um acordo dizendo que eu sou obrigada a ser filmada durante a realização das provas e preciso enviar o vídeo pro email da faculdade, uma merda, mas ou é isso ou eu preciso passar a semana aqui pra fazer as provas.

— Eles se acham bem espertos né?

— Eles são, mas enfim, fora as sextas das semanas de provas, só vão exigir minha presença aqui no dia da formatura mesmo, então problema resolvido. A gente já foi na minha antiga agência e já oficializei meu pedido de demissão, bom, eu acho que a gente já pode voltar pra São Paulo.

— Amém, não vejo a hora de dormir.

— Sendo sincera, eu também — falei rindo um pouco.

Aɪɴᴅᴀ Tᴇ Aᴍᴏ, Imagine JãoOnde histórias criam vida. Descubra agora