Capítulo 17 ‐ Livros

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Manhã de temperatura amena na cidade, no bairro perto do centro, no quarto andar do prédio, Cali estava relutando um pouco em acordar, havia passado um período da noite ponderando sobre si mesma, mas antes mesmo que pudesse criar coragem para abrir os olhos ela recebeu uma narigada gelada perto do olho direito e algumas lambidas.

— Bom dia filhote... — faz carinho em Sheldon abrindo os olhos lentamente dando de cara com aquela massa peluda branca a centímetros de seu rosto. Olhou além do cachorro e viu o outro lado cama vazio — Cadê o papai? — O cachorro ergueu a cabeça apontando para a porta. — Ele acordou cedo...— sentou-se Cali.

Após uns afagos a mais em Sheldon, ela deslizou para fora da cama, foi ao banheiro escovar os dentes, fez sua necessidade, penteou os cabelos que estavam quase como os da Mérida e saiu do quarto.

Chegando à sala, viu seu marido sentado à mesa olhando atendo para a tela do notebook com o semblante nitidamente contraído e preocupado, respirava pesado a cada linha que lia, Cali se aproximou devagar com Sheldon passando por ela subindo no sofá.

— Bom dia amore... — se apoiou no espaldar da cadeira dele.

— Bom dia vita mia! — virou a cabeça para olhá-la mudando completamente a feição.

— Ta trabalhando? — quis saber ela o beijando.

— Não exatamente, recebi o relatório das unidades dos Estados Unidos da empresa do Andrew e tá complicado, vou precisar incomodar ele com esse assunto hoje. — respondeu Rafael sem tirar os olhos dela.

— Se é algo que não é bom adiar, melhor falar logo mesmo. — sugeriu Cali.

— Senta aqui. — a puxa para colo dele, afasta o notebook para o lado — Fiz seu suco, deixei preparados os seus suplementos e cortei as frutas que você gosta.

Ela sorriu o beijando em seguida.

— Passou a sua necessidade de solitude? — perguntou ele.

— Passou sim... — o beija outra vez.

— Que bom, porque já que não saímos ontem, fiz reserva no Chez Margot pra gente almoçar. — contou ele.

— Oba! — fica animada ela o deflagrando muitos beijinhos.

— No que almoçarmos vamos ver a obra, depois vamos para casa do Andrew, provavelmente vamos jantar por lá e por fim voltamos pra cá. — revisa o itinerário do dia Rafael sendo beijado.

— Acho melhor então, assim que tomarmos o café levarmos nosso filhote pra passear, depois voltamos nos arrumamos e saímos. — complementou Cali ganhando afagos nas costas.

— Certo vita mia! — concordou ele a abraçando e a beijando.

Na chácara, Andrew estava acordado deitado na cama, olhava para fora pela fresta da cortina, fazendo pequenos círculos suaves no braço de Mandi que o envolvia, até sentir ela se mexer, ele a deu um beijo na testa e esperou olhando para ela atento àqueles olhos castanhos brilhantes encontrarem os seus.

— Bom dia amor... — desejou ela baixinho. — Achei que você estaria preparando o café...

— Eu teria ido sim, se não estivesse preso... por... uma bola peluda. — justificou ele.

— Como assim?

— É só você olhar pra mim que vai entender. — disse Andrew. Mandi levantou a cabeça, quando viu ficou pasma, Bernadette estava dormindo quase em cima dele com a cabeça encaixada a lateral de seu pescoço. — Na hora que voltamos pro quarto de madrugada, deixei a porta aberta e quando dei por mim já tinha virado um ninho.

Juntas para o Natal 2 - Continuando...Onde histórias criam vida. Descubra agora