Capítulo 7

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Pov: Rooster.

Após o que ocorreu depois das simulações, tive que me acalmar de alguma forma para não a cara de Hangman nas próximas vezes que o ver. Estava extremamente quente lá fora, entrei debaixo do chuveiro morno e fiquei por ali por uns bons minutos, desejando que o estresse descesse ralo abaixo junto com a água.

Minha cabeça alternava entre o passado, que aquilo era culpa de Maverick, a vontade de espancar Hangman e... por Natalie. Todos os anos que passaram desde 1986, sendo criado por minha mãe, Charlie e Pete, além de ver aquela garota crescer e de repente revê-la enquanto seu corpo luta para não afundar em uma crescente depressão e T.E.P.T.

Já havia anoitecido, estava abafado demais para ficar dentro do alojamento. Pela janela a maresia balançava os coqueiros na orla da praia, vazia para uma sexta-feira de julho.

Entrei em meu Jeep, colocando uma música legal para aproveitar aquele clima. Os arredores estavam estranhamente vazios, algo estranho, porém não preocupante o suficiente para chamar minha atenção.

Mais a frente, vi uma figura familiar. Cabelos bem curtos em um vestido que chegava até a metade das coxas branco com desenhos azuis e sandálias, com seu celular em mãos.

Pov: Atlas

Tio Ice,
Quero ver você e Maverick amanhã.

– Está tudo bem?

Tio ice.
– Sim. Não encare como apenas um pedido, Natalie.

– Certo, quando Pete for, ele me dará carona.

Aquela mensagem de Iceman me deixou pensativa por alguns segundos, ele com certeza soube o que ocorreu com Rooster por conta dos relatórios escritos a mão exigidos pelos almirantes. Espero que do fundo do coração que ele não seja expulso da missão.

Em minha visão periférica, percebo um carro azul se aproximando e frear gradativamente até parar ao meu lado. Não fiquei exatamente surpresa ao vê-lo ali, apenas um pouco mais calma ao perceber que ele estava mais calmo do que mais cedo.

– Quer uma carona? – Rooster me pergunta, tirando seus óculos escuros e pendurando em sua regata.

– Estou tranquila, hoje não – Recuso educadamente, porém indo em sua direção e apoiando meus braços na porta do carro.

– Não é seguro andar de noite e sozinha. Venha, vamos aproveitar a noite e tomar um vinho – Ele saiu do carro, indo até o outro lado e abrindo a porta para mim.

– Certo. Me conquistou pelo vinho – Sorri e logo entro em seu carro, aguardando-o retornar ao seu banco – E na próxima vez, não serei tão solicita com você –.

– Por qual razão, senhorita Bravo? – Meu sobrenome combinado ao tom grave de sua voz me causou arrepios lentos em minha espinha.

– Geralmente, caras que me abordam desta maneira, durante a noite com segundas intenções acabam no chão com pelo menos quatro dentes faltando dentro da boca – Aquela frase me fez rir um pouco, enquanto eu olhava a falange de minha mão em um tom avermelhado e com pequenos cortes.

– Ok, ok. Eu já sei que você é durona, forte..., mas com este vestidinho, você não dá medo em ninguém – Ambos rimos e demos nos beijamos, um selinho lento, senti algumas cócegas abaixo de meu nariz por conta de seu bigode.

O carro começou a andar pela praia, ficamos em silêncio enquanto sua lista de reprodução tocava no rádio. Beach – The Neighbourhood era a nossa trilha sonora naquele momento, combinava com o calor, o local vazio e a companhia, apenas fechei meus olhos e inclino minha cabeça para trás apreciando aquele momento.

•TOP GUN: hearts on fire (Rooster Bradshaw Fanfiction)Onde histórias criam vida. Descubra agora