Pov: Rooster.Após o que ocorreu depois das simulações, tive que me acalmar de alguma forma para não a cara de Hangman nas próximas vezes que o ver. Estava extremamente quente lá fora, entrei debaixo do chuveiro morno e fiquei por ali por uns bons minutos, desejando que o estresse descesse ralo abaixo junto com a água.
Minha cabeça alternava entre o passado, que aquilo era culpa de Maverick, a vontade de espancar Hangman e... por Natalie. Todos os anos que passaram desde 1986, sendo criado por minha mãe, Charlie e Pete, além de ver aquela garota crescer e de repente revê-la enquanto seu corpo luta para não afundar em uma crescente depressão e T.E.P.T.
Já havia anoitecido, estava abafado demais para ficar dentro do alojamento. Pela janela a maresia balançava os coqueiros na orla da praia, vazia para uma sexta-feira de julho.
Entrei em meu Jeep, colocando uma música legal para aproveitar aquele clima. Os arredores estavam estranhamente vazios, algo estranho, porém não preocupante o suficiente para chamar minha atenção.
Mais a frente, vi uma figura familiar. Cabelos bem curtos em um vestido que chegava até a metade das coxas branco com desenhos azuis e sandálias, com seu celular em mãos.
Pov: Atlas
Tio Ice,
– Quero ver você e Maverick amanhã.– Está tudo bem?
Tio ice.
– Sim. Não encare como apenas um pedido, Natalie.– Certo, quando Pete for, ele me dará carona.
Aquela mensagem de Iceman me deixou pensativa por alguns segundos, ele com certeza soube o que ocorreu com Rooster por conta dos relatórios escritos a mão exigidos pelos almirantes. Espero que do fundo do coração que ele não seja expulso da missão.
Em minha visão periférica, percebo um carro azul se aproximando e frear gradativamente até parar ao meu lado. Não fiquei exatamente surpresa ao vê-lo ali, apenas um pouco mais calma ao perceber que ele estava mais calmo do que mais cedo.
– Quer uma carona? – Rooster me pergunta, tirando seus óculos escuros e pendurando em sua regata.
– Estou tranquila, hoje não – Recuso educadamente, porém indo em sua direção e apoiando meus braços na porta do carro.
– Não é seguro andar de noite e sozinha. Venha, vamos aproveitar a noite e tomar um vinho – Ele saiu do carro, indo até o outro lado e abrindo a porta para mim.
– Certo. Me conquistou pelo vinho – Sorri e logo entro em seu carro, aguardando-o retornar ao seu banco – E na próxima vez, não serei tão solicita com você –.
– Por qual razão, senhorita Bravo? – Meu sobrenome combinado ao tom grave de sua voz me causou arrepios lentos em minha espinha.
– Geralmente, caras que me abordam desta maneira, durante a noite com segundas intenções acabam no chão com pelo menos quatro dentes faltando dentro da boca – Aquela frase me fez rir um pouco, enquanto eu olhava a falange de minha mão em um tom avermelhado e com pequenos cortes.
– Ok, ok. Eu já sei que você é durona, forte..., mas com este vestidinho, você não dá medo em ninguém – Ambos rimos e demos nos beijamos, um selinho lento, senti algumas cócegas abaixo de meu nariz por conta de seu bigode.
O carro começou a andar pela praia, ficamos em silêncio enquanto sua lista de reprodução tocava no rádio. Beach – The Neighbourhood era a nossa trilha sonora naquele momento, combinava com o calor, o local vazio e a companhia, apenas fechei meus olhos e inclino minha cabeça para trás apreciando aquele momento.
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•TOP GUN: hearts on fire (Rooster Bradshaw Fanfiction)
FanfictionDepois de cinco anos de serviço no Iraque, a pilota Natalie, conhecida por seu codinome "Atlas", retorna à Escola Aeronaval como instrutora, buscando deixar para trás os traumas do passado e compartilhar sua experiência com os jovens cadetes. Determ...