Prólogo

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Em uma noite calma gêmeos nasceram no submundo, filhos de dois seres extremamente poderosos, Dagon e Mia.

As dois bebês foram os primeiros filhos homens de Dagon que não conseguiu conter o sorriso ao ver que finalmente tinha conseguido seus tão sonhados herdeiros, mas tinha algo que o deixava incomodado, o fato de serem gêmeos.

No submundo tem uma maldição que faz todos os gêmeos quererem se matar para apenas um ficar vivo, para assim não precisarem dividir a mesma alma, para se sentirem completos.

Dagon apenas ignorou esse pensamento que toda hora queria voltar para sua cabeça, ele não queria pensar que talvez no futuro teria que ir no enterro de um dos dois, pois ele por ter milhares de anos nunca conheceu gêmeos que conseguiram passar por cima dessa maldição e viver bem perto do irmão.

Mesmo com muitos pensamentos ele se manteve calmo, pois sua esposa tinha acabado de dar a luz e ele não queria preocupar ela de jeito nenhum, pois Mia havia realizado o maior dos sonhos dele naquele dia, não queria preocupar ela com outras coisas, pois teriam muito tempo para conversar sobre isso.

Enquanto conversam segurado seus filhos decidiam quais seriam seus nomes. Mia decidiu colocar o nome do bebê de cabelos castanhos e olhos da mesma cor de Henri, pois para ela parecia um príncipe.

Dagon escolheu o nome do outro enquanto olhava seu olhar forte, sua expressão brava e seu silêncio, Belial, o nome perfeito para um guerreiro forte e grandioso. O bebê de cabelos pretos como a escuridão e olhos azuis como o céu da noite, havia puxado completamente a aparência de sua mãe e a personalidade séria de seu pai.

Dentro daquela ala madica não havia seres mais alegres que os pais dos gêmeos, mas ainda ficariam mais completos  quando estivessem reunidos com suas filhas, suas protegidas.

(18 anos Depois)

Henri

Acordo já desanimado ao ver a mensagem no despertador, é meu aniversário e eu esqueci completamente disso.

Sei que eu posso ter esquecido, mas minha família não, devem estar preparando alguma coisa mesmo sem me consultar antes.

Minha mãe gosta de festejar cada momento importante das pessoas próximas a ela, para mostrar que são especiais, mas isso sufoca um pouco, quero dizer, eu sei que ela me ama muito, mas não precisa fazer uma grande festa para cada ano que fazemos, mesmo assim não vou desapontar ela como Belial fez ano passado, ele sumiu sem deixar notícias um dia antes, tive que comemorar meu aniversário sozinho, mas foi uma das melhores coisas desse mundo, me senti único, sem sempre precisar dividir tudo com ele.

Só saio da cama e vou até o banheiro, pois me sinto imundo, pois costumo suar muito quando durmo, fazer o que, demônios tem o metabolismo extremamente acelerado, por isso sentimos tanto calor.

Belial

Dou um chute na barriga do homem a minha frente o fazendo cair e logo depois o nocauteio com um soco em seu rosto, apenas o vejo cair desmaiado no chão, levanto minha mão e dou um grito para comemorar minha vitória fazendo todos na arena comemorar também.

É uma arena muito famosa no inferno, onde os mais fortes vão para testar suas habilidades, eu gosto de participar, mas não quando são contra os pilares do inferno, pois sei que não tenho habilidades suficientes para isso, gosto de passar meu tempo lutando e treinando, quero ficar tão forte quando meu pai, pois ele é considerado o demônio mais forte do inferno.

Também preciso estar pronto para caso lute até a morte com Henri, pois eu não vou perder, se tem alguém que merece viver aqui sou eu, ele é apenas um fraco, sentimental que se importa demais com as pessoas.

Apenas saio da arena e vou até o vestiário, pois preciso de uma ducha e logo depois me trocar por causa do suor e sangue em meu corpo, eu gosto de adrenalina que sinto lutando, arriscando minha vida dessa forma.
(...)

Abro minhas asas e vôo até em casa, eu sinto que estou esquecendo de alguma coisa, mas não lembro o que é, está amanhecendo, logo todos começarão a acordar e isso não é bom, se minha mãe perceber que sumi  vai ficar decepcionada novamente, e vai dizer novamente que eu deveria me basear em como Henri é.

Eu sei que no fundo ela prefere ele a mim, ela sempre reclama mais comigo do que com ele, claro que aquele idiota também não faz nada.

Só pouso no terraço silenciosamente, fecho minhas grandes asas negras e me viro para descer a escadaria, mas tomo um susto ao ver uma sombra me observando ao fundo, não demora para eu reparar nos olhos verdes e brilhantes me encarando, apenas dou um suspiro de alívio ao notar que é minha irmã, Scarlett.

Scarlett —como sempre um irmão muito responsável— diz com um tom irônico enquanto vem em minha direção.

—o que está fazendo no terraço essa hora?— pergunto, pois é estranho minha irmã mais velha estar aqui sendo que ela não tem asas.

Scarlett —eu que deveria estar perguntando isso seu pirralho, onde diabos você estava, não quer dizer que está fazendo 18 anos que pode começar a sair assim— só respiro fundo e fecho os olhos ao ouvir o sermão dela. É isso que eu tinha esquecido, é meu aniversário de 18 anos... Preciso sair daqui agora.

Quando abro minhas asas para voar e sair daqui sinto alguém me paralisar, olho para minha irmã de forma séria e cheio de ódio, pois deve estar usando seus poderes para me impedir de sair.

Scarlett —não olhe dessa forma para mim, Bel, não sou eu que estou paralisando você no lugar, é nosso pai atrás de você, estava de procurando, pois notou que sumiu durante a madrugada— só uso meu poder e me viro para olhar para trás, o vejo alí me encarando de forma séria, provavelmente sabia que eu ia fugir novamente e decidiu garantir que eu estivesse aqui no meu aniversário, pois não gosta de ver minha mãe magoada.

A Maldição dos Gêmeos Onde histórias criam vida. Descubra agora