Capítulo 6

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**Emilly**

Henri é um contraste fascinante no inferno. Sua presença é imponente, e sua força é visível em cada movimento. Mas, ao mesmo tempo, ele tem uma gentileza que desarma. Hoje, ele decidiu me levar para conhecer os arredores, talvez para me distrair, talvez para me ajudar a me sentir menos perdida.

Henri —Vamos, Emilly. Acho que você vai gostar de ver os campos daqui— diz ele, estendendo a mão para me ajudar a descer os degraus do castelo.

Aceito a mão dele, sentindo uma estranha sensação de segurança ao seu lado. Andamos em silêncio por um tempo, apenas apreciando a paisagem sombria e desoladora do inferno. Mesmo sem as asas, sinto o peso da minha situação, mas Henri parece determinado a me distrair.

Henri —Esses campos... Eles podem parecer assustadores, mas têm sua própria beleza— comenta, olhando ao redor.

Emilly —Nunca imaginei que encontraria algo bonito aqui— admito, observando a vegetação negra e as árvores retorcidas.

Henri sorri, um sorriso sincero que faz meu coração bater mais rápido.

Henri —Nem tudo aqui é horrível. E vou te mostrar isso— diz, seu tom cheio de convicção.

Continuamos andando até chegarmos à cidade. É uma visão estranha, com demônios de todos os tipos andando pelas ruas. Henri parece conhecer bem o lugar e me guia até uma loja de roupas.

Henri —Você precisa de roupas novas. Não pode continuar com essas que estão rasgadas— diz ele, pegando algumas peças para mim.

Sinto-me deslocada e um pouco intimidada pela situação, mas tento não mostrar. Escolho algumas roupas simples e vou para o provador. Quando saio, Henri está na fila para pagar. Aproveito o momento para olhar ao redor.

De repente, sinto uma presença desconfortável se aproximando. Três demônios grandes e com sorrisos maliciosos me cercam.

Demônio 1 —Olha só o que temos aqui. Uma arcanjo perdida no inferno— diz um deles, se aproximando demais.

Tento me afastar, mas eles continuam avançando.

Emilly —Por favor, me deixem em paz— digo, tentando manter a calma.

Demônio 2 —Ah, qual é, vamos só nos divertir um pouco— ele tenta tocar meu braço, mas eu recuo e, sem querer, derrubo um deles no chão.

Os outros dois seguram meus braços por trás, e meu coração dispara de medo.

Henri, que estava saindo da loja, vê a situação e sua expressão muda instantaneamente para raiva.

Henri —Soltem ela. Agora— sua voz é baixa, mas cheia de ameaça.

Os demônios riem, não percebendo o perigo iminente.

Demônio 3 —E quem vai nos obrigar? Você?— diz um deles, rindo.

Henri não perde tempo. Em um movimento rápido, ele ataca, derrubando um dos demônios com um soco certeiro no rosto. O outro tenta reagir, mas Henri é mais rápido, desviando do golpe e aplicando uma chave de braço que faz o demônio gritar de dor.

Henri —Eu disse para soltarem ela— repete, sua voz gelada.

O terceiro demônio, ainda no chão, tenta se levantar, mas Henri o impede com um chute no estômago. A luta é rápida e brutal, Henri mostrando sua força superior e habilidade em combate. Ele humilha os demônios, deixando claro que ninguém mexe com quem está sob sua proteção.

Quando tudo termina, Henri se aproxima de mim, sua expressão mudando de raiva para preocupação.

Henri —Você está bem, Emilly?— pergunta, tocando meu braço gentilmente.

A Maldição dos Gêmeos Onde histórias criam vida. Descubra agora