Capítulo 16

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PARK SUNGHOON

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PARK SUNGHOON

Kim Sunwoo está me evitando?.

Desde o momento em que pisei meus pés na sala de aula para tentar conversar com o garoto, ele evitava contato visual comigo, evitava assuntos longos e não sorriu em momento algum.

Eu já não sei mais o que fazer pra ele falar comigo, não sei mesmo. Eu posso ser gentil e simpático com todos, mas o que me estressa de verdade é quando me ignoram ou quando tô falando e a pessoa deixa na cara não se importar com o assunto. Só falta eu babar de raiva sempre que fazem isso comigo.
Quando deu a hora do intervalo, demorei um pouco para sair da sala pois sei que Sunoo é sempre o último a ir, e eu queria falar com ele. Ou ao menos tentar falar com ele.

— Oi, Sunoo!. — Cheguei animado perto dele. — Você quer comer comigo? Vejo que seus amigos não estão aqui... Que tal?.

— Não, valeu. Tô sem fome. — Ele nem sequer olhou em meus olhos para me responder. Continuou desenhando numa folha de caderno.

— Entendi. — Coloquei as mãos no bolso, me sentando na cadeira á frente dele. — Você quer ir na minha casa depois da aula? Eu comprei um jogo novo e...

— Sunghoon. — O garoto cortou minha fala, dessa vez olhando fundo em meus olhos. — Eu quero muito ficar sozinho, sabe? Tem tanta coisa na minha cabeça que eu sinto que vou explodir a qualquer hora. E eu não quero explodir com você. Então, por favor, só me deixa em paz.

— Você é um idiota. — Me levantei, olhando furioso para ele. — Por isso você é sozinho.

Eu fiquei com tanta raiva de sua ignorância que acabei falando apenas a primeira coisa que veio na minha mente, e mesmo que eu não queria ter dito, ele mereceu. Eu estava fazendo de tudo para me aproximar do Sunoo e ele simplesmente vem e me dá um coice. Eu sei que sou péssimo me expressando, mas por ele eu iria tentar mudar, mas sempre que eu quero melhorar alguma coisa em mim, alguém sempre aparece para estragar tudo, e dessa vez esse alguém se chama Kim Sunwoo.

Depois da aula, decidi dar uma volta sozinho pela rua, a taxa de criminalidade nesse bairro é bem baixa, então não preciso me preocupar em esconder meu celular ou andar receoso pelos cantos e apressado para chegar em casa.
Fiquei caminhando enquanto meus pensamentos estavam voltados para Sunoo, que agora me lembrando de mais cedo do que eu disse, bateu um arrependimento forte. Mas eu já disse que odeio ser tratado com ignorância e não consigo me segurar, porém eu sei o quão Kim é sensível com as palavras que dizem a ele e que eu deveria ter apenas ignorado e ido embora.

— Parabéns por sempre estragar tudo, Park Sunghoon. — Disse para mim mesmo, chutando umas pedrinhas no meu caminho.

— Falando sozinho, Sun?. — Me assustei ao ouvir a voz de Sol, por um segundo quase clamei o nome de Buda. — O que você estragou dessa vez?.

— Não me assuste assim. — Fiz uma cara feia. — E não te interessa, cuide da sua própria vida. Odeio seu jeito intrometida.

— Você está de TPM, por um acaso? Nossa... Espero que chegue em casa e fique feliz com a visita que te espera.

— Visita?. — Olhei para Sol, ela apenas sorriu e não disse mais nada. — Se a mamãe aparecer com alguma surpresa em casa, eu surto.

Quando cheguei em casa, me deparei com minha mãe, uma outra mulher muito bem arrumada e adivinha? Isso mesmo, com Kim Sunwoo sentado na mesa da minha casa

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Quando cheguei em casa, me deparei com minha mãe, uma outra mulher muito bem arrumada e adivinha? Isso mesmo, com Kim Sunwoo sentado na mesa da minha casa.

Já posso me jogar?.

Obviamente eu não iria passar reto e nem ignorar, ele está na minha casa e vou ser obrigado a ser educado.
E como sempre, depois de uma longa conversa e muitas taças de vinho, minha mãe mandou eu subir e levar Sunwoo comigo ao meu quarto, Sol ficou na sala assistindo ao jogo de basquete, e eu poderia ter ficado com ela, mas odeio ver jogo de basquete pela TV, prefiro ou assistir pessoalmente ou eu próprio estar jogando.

Sunoo não disse uma palavra desde os primeiros minutos que entramos no quarto, só ficou olhando todos os objetos e todos os meus troféus pendurados na parede. Eu, por outro lado, me sentei na ponta da cama e fiquei, nem no celular eu quis pegar, por algum motivo eu estava feliz por ter Sunoo aqui mesmo que ele tenha me deixado bravo e eu o tenha xingado de idiota, ver ele me trás um alívio e uma paz. E eu gosto disso.

— Não vai mesmo falar alguma coisa?. — Decidi quebrar o silêncio e o clima pesado que estava começando a ficar. — Você está na minha casa e no meu quarto, pelo menos seja educado.

— Você me xingou. — Finalmente ele abriu a boca, porém nem me olhou, continuou tocando e mexendo em tudo.

— Você foi grosso comigo.

— Não fui, eu só disse que queria ficar sozinho e que eu não queria descontar minha raiva em você, mas você me xingou e foi embora. Eu que deveria estar bravo, e não você.

Odeio o fato dele sempre estar certo.

— Então para um pouco. — Assim que Sunoo passou por mim, peguei em seu braço e o puxei para se sentar ao meu lado. — É que você nunca tinha dito aqueles tipos de coisa, por isso eu fiquei chocado e acabei te xingando... Me desculpe.

— Tudo bem. — Soltou um sorriso murcho. — Eu não estou bravo. Acho que deveríamos voltar...

Kim Sunwoo se levantou com pressa, ele parecia mesmo que estava me evitando a todo custo, mas eu fui mais rápido e novamente o puxei, só que dessa vez foi com um tanto mais de força. Kim caiu sentado no meu colo e me olhou com os olhos arregalados, eu fiquei encarando ele, esperando o mesmo reagir e sair ou sou continuar onde está sentado.
Meu coração começou a bater velozmente, e por um segundo meu peito doeu pela rapidez dos batimentos cardíacos, e não que isso seja ruim, na verdade estou sentindo uma coisa estranha, porém boa, dentro de mim como se eu quisesse parar o tempo nessa cena.

— Sunoo. — Mesmo com ele me olhando, eu o chamei e fiquei em silêncio por um breve momento. — Você está pesado.

 — Você está pesado

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My First Kiss | 2sunOnde histórias criam vida. Descubra agora