Konig • COD [+18]

XI

Eu sei e me desculpa o sumiço, tava resolvendo um monte de coisa da matricula da faculdade (ainda to na real) mas estou viva e pretendo continuar a fic🤞

Era um quartinho escuro, próprio pra guardar os utensílios de limpeza e não pra comportar duas pessoas. Ou melhor, esse homem imenso que me beijava fervorosamente ocupando 90% do espaço.

Meu corpo estremecia e algo no meu ventre queimava de dentro pra fora a cada movimento que sua língua fazia contra a minha. Eu estava sendenta por ele como se cada átomo meu desejasse colodir contra os dele. Minha pele queimava contra as mãos gigantes que apertavam minha cintura enquanto eu me remexia em seu colo, querendo me fundir a ele imediatamente. Queria ele em mim de todas as formas que minha imaginação pudesse permitir.

Agarrei seu rosto sentindo a barba por fazer. O braço tatuado me apertava a medida que os beijos ficavam ainda mais intensos.

E que beijo. Nunca havia sido beijada dessa forma, nem mesmo sabia que beijos assim existiam fora dos filmes e dos livros. Era uma batalha constante entre o erótico e o romântico que simplesmente me deixava tonta se eu pensasse muito. Só me permitia sentir os lábios desse homem nos meus.

Ele não molhava somente minha boca. Eu estava encharcada e pulsava contra o majestoso volume. Sentia ele em baixo de mim, crescendo e enrijecendo feito aço. Ele grande. Muito grande. E algo nisso me deixava ainda mais excitada, mesmo sabendo das probabilidades de não aguentar tudo de uma vez. Estava disposta a tentar. Por esse homem, tentaria até que tudo estivesse dentro de mim. Queria ele dentro de mim. Ou melhor, queria tudo dentro de mim.

As mãos dele saíram da minha cintura e sem medir forças fincaram os dedos entre os botões da minha blusa, estourando-os de uma vez. Os olhos verde musgo olhavam para os meus seios com a pupila dilatada.

Um sorriso se formou no canto de sua boca marcada por meu batom barato. Ele levantou os olhos pra mim, como uma fera faminta e num movimento me colou contra a parede, se posicionando logo atrás.

- Mia! - Jude gritava.

Abri os olhos encarando a vida real. Foi como sair do paraíso e ser arremessada ao inferno. Uma ruiva desesperada, a claridade invadindo minha iris, Konig segurando alguém nos braços. Tive a impressão de ver sangue, mas minha visão estava turva demais pra ter certeza. Levei alguns segundos pra entender que o homem que me beijava não era real, assim como o quartinho de limpeza, as roupas no chão e todas as malícias que um dia pensei que se materializariam.

- Mia! Ele está perdendo sangue! - Jude insistia - faz alguma coisa!

Kade estava ensanguentado nos braços de Konig que não emitia um som se quer. No entanto, os olhos verdes me olhavam ansiosos como se não soubesse o que fazer. Kade e Konig tinham relação estranha de inimizade: eram colegas de esquadrão mas ao mesmo tempo desprezavam-se mutuamente. Ou talvez Konig só fosse maturo o suficiente pra saber distinguir emergências de conflintos pessoais. Ali eles eram aliados querendo ou não.

Me senti a pior pessoa do mundo ao hesitar por um instante em salvar Kade. Talvez eu fosse egoísta demais, dona de um ego ridiculamente frágil. Mas, assim como Konig, tornei a situação profissional e não pessoal. Por mais que uma grande parte de mim não quisesse.

Levantei um pouco tonta e completamente constrangida, principalmente após um sonho erótico com o homem que tinha visto no banheiro cujo nem mesmo o nome sabia. Nunca mais esbarrei com ele, era como se tivesse evaporado. Talvez fosse só um fruto da minha imaginação fértil.

Konig me ajudou a posicionar Kade na maca que gemia de dor. A face estava suja e repleta de machucados, um grande fluxo de sangue saía do braço que fazia de tudo pra permanecer flexionado.