XVIII

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Curtinho pq a dengue me fudeo faço um maior na próxima☝️

Remédio pra dor de cabeça, pra dor muscular e pra dor de garganta não eram o suficiente. Acordei com um clarão na minha face, minha cabeça latejava e meus ossos doíam.

Perdi a conta de quantas vezes Konig transou comigo e não fazia ideia de como eu tinha parado no meu dormitório. Tentei retomar tudo que aconteceu na noite passada mas só conseguia me lembrar das primeiras horas que passei na cama de Konig. Após isso, apenas me lembrava de pequenas cenas desconexas: eu ajoelhada enquanto ele usava meus seios pra jorrar na minha face, eu sentada no rosto dele sentindo seu nariz roçar em baixo, ele pressionando meu corpo na parede enquanto erguia minha perna e entrava ferozmente, eu deitada em seu peitoral enquanto um líquido quente escorria de dentro de mim, eu sorrindo de língua pra fora enquanto ele batia o membro na minha face ou até mesmo ele repetindo meu nome na base do meu pescoço com seu corpo colado no meu enquanto forçava seu pau pra dentro de mim.

Não fazia ideia de que horas eram, de qual era meu nome, em que ano estávamos. Eu estava com fome, com sede, extremamente dolorida em lugares que nem sabia que poderiam doer. Olhei pra baixo e vi que usava roupas novamente. Alguém tinha as colocado em mim e me levado ate meu quarto. Se fosse eu, eu teria me lembrado.

Me forçei pra levantar da cama mas meu joelho falhou, me fazendo ficar sentada. Ótimo, pra completar minhas pernas não funcionavam.

Tinha a sensação de que tinha algo importante pra fazer e que não era pra eu estar aqui.

Enfermaria? Levantei essa hipótese.

Sim, eu ainda era uma enfermeira.

Merda.

Alguém batia raivosamente na porta, quase arrombando.

- entra - minha voz estava rouca e desafinada, me pegando de surpresa. Coloquei a mão no meu pescoço sentindo a região dolorida. Tossi numa tentativa de checar se ela voltaria ao normal, mas não obtive sucesso.

Jude entrou e bateu a porta com força. Ela arregalou os olhos como se tivesse visto um monstro assim que me viu.

- Meu. Deus. O. Que. Aconteceu. Com. Você.

Todo mundo tem ressaca pós sexo, não entendia o porquê da surpresa.

- eu... - minha voz sumia.

- você já se olhou no espelho?

Neguei e ela imediatamente abriu o armário que tinha um espelho embutido, permitindo que eu me enxergasse dos pés à cabeça. Fiquei em choque.

Meus lábios tinham marcas de mordidas, meu pescoço estava enfeitado com chupões em todas as direções, meu cabelo bagunçado, meus braços marcados com apertos. Parecia que eu tinha voltado de algum tipo de purgatório.

- quem te deixou assim?

Não poderia falar sobre Konig. Era mais um dos segredos que tinha que manter, embora quisesse xingar seu nome por ter me deixado acabada.

- esquece, você nem tem voz - ela balançou a cabeça e veio na minha direção - consegue andar pelo menos?

Menti fazendo que sim com a cabeça e me coloquei de pé, sentindo minhas pernas reclamarem de dor e meus joelhos falharem mais uma vez. Jude me pegou antes que eu caísse.

- Mia, isso não é normal. Eu entendo que cada um tem seus fetiches e preferências, mas deixar a parceira nesse estado é inaceitável. Temos que ir pra enfermaria.

Fetiche. Por mais selvagem que Konig pudesse ser no sexo, tinha uma leve sensação de que não chegava a ser fetiche e isso me assustava diante da brutalidade que ele poderia chegar se caso tivesse algum. E com certeza ele deveria ter.

Konig • COD [+18]Onde histórias criam vida. Descubra agora