Konig • COD [+18]

XXV

*E ai monas, voltei.
[Aviso completo tá no quadro de avisos do meu perfil]

O hotel realmente era um luxo, à altura de uma instituição militar. A viagem tinha sido relativamente tranquila, até porquê dormi a maior parte do tempo embora meu sono ainda estivesse presente.

Multidões de homens e mulheres ridiculamente assustadores passavam por mim enquanto eu procurava meu quarto, que para dificultar ficava em um dos últimos andares desse prédio colossal. Rostos novos, completamente desconhecidos, olhavam pra mim de modo intimidador de modo a me fazer apressar o passo para evitar confusões. Konig estava certo, são pessoas assustadoras, pensei, mas você tem uma arma e sabe usá-la.

Entrei no primeiro elevador que encontrei e apertei o número do meu andar, querendo sumir de todos aqueles olhares que me estudavam de modo invasivo. Olhava ansisosa para o visor do elevador que indicava os andares subindo, torcendo pra que ninguém mais entrasse. Até então, não tinha informações de Konig mas confiava que ele iria me encontrar de algum jeito.

Os números demoravam a subir até que pararam, mas não no meu andar.

Merda.

As portas se abriram e uma mulher um pouco mais baixa que eu entrou, me olhando de cima a baixo com um olhar não amigável. Fingi indiferença e permaneci olhando para o visor, contando os segundos pra sair dessa caixa de metal.

Senti que ela me olhava de relance, como se quisesse se certificar de quem eu era. Ela ajeitou os óculos que estavam na ponta do nariz, cruzando os braços. Uma voz interior me aconselhou a verificar se minha pistola estava de fácil acesso caso ocorresse algum incidente. Remexi o coldre no meu quadril, me preparando pro pior.

- você não é soldada - ela disse, com um tom cômico.

Franzi a testa e pra olhei pra ela, utilizando dos poucos centímetros que tinha a mais pra lançar a minha melhor postura numa tentativa de intimidá-la. A julgar pelas cicatrizes e musculatura, ela definitivamente tinha uma longa carreira militar.

- novatas não me intimidam, se é isso que você está tentando fazer - ela completou, percebendo que eu estava armada.

- te conheço?

- pra sua sorte, não - dessa vez foi ela que virou pra mim - mas eu conheço você. A tal enfermeira.

- existem várias enfermeiras. Terá que ser mais específica.

A mulher sorriu de relance, uma feição maligna tomando conta do seu semblante.

- você não sabe de nada, novata. Sua fama te persegue há mais tempo do que imagina.

- quem é você? - perguntei, ignorando o terror psicológico que ela tentava impor.

- ninguém.

- se você fosse ninguém, não estaria aqui - me aproximei - não me faça perguntar de novo.

Ela sorriu outra vez, ajeitando os óculos. A mulher se aproximou ainda mais, me fechando contra a parede de metal do elevador.

- você é esperta - ela disse - mas é uma pena que não tem coragem de usar uma arma.

- não quero gastar minha munição em você.