XVII

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Daqui eu vou direto pro inferno, nunca escrevi tanta putaria de uma só vez.

Não sabia porquê Konig tinha esse efeito sob mim, nenhum dos meus parceiros anteriores conseguia me prender dessa forma. Não foi necessário eu reler a mensagem e passar o resto da tarde pensando se eu deveria obedece-lo, eu mesma já sabia que o faria. E não era como se fosse um castigo, era uma vontade particular e imensa emanando dentro de mim que sempre me levava até ele.

Não respondi a mensagem, contudo já estava pronta pra ir assim que o barulho da festa ecoou pelos corredores. O dormitório masculino não era longe, facilitando minha locomoção. Essa era a única vez que a entrada de mulheres era permitida na ala masculina, somente em dias festivos. Mas, mesmo assim, éramos permitidas apenas a ficar fora dos quartos, ou seja, no corredor onde a maioria das pesssoas estavam. Major Kiera fez questão de me explicar isso logo que arrumei esse emprego. Era algo arriscado para ambos os envolvidos.

Mas era Konig.

Me esmagava contra a multidão de pessoas fardadas no micro corredor enquanto procurava o quarto dele, que pra variar só tinha me dito que era um dos últimos sem me passar qualquer outra indicação.

Assim que chegava ao final do corredor pensava se ele realmente estava lá. Talvez estivesse me fazendo de palhaça sob o humor masculino típico nessas situações.

Senti alguém puxar meu braço e a porta abrir do meu lado. De repente todas as minhas dúvidas se esvaíram como pó.

A mão imensa de Konig na minha boca me paralisava, embora a intenção fosse apenas de não me fazer gritar. Mesmo já tendo presenciado inúmeras vezes Konig usar a força dos braços, nunca me conformava com o quão forte ele poderia ser. Gostava da sensação dos dedos dele na minha face.

O quarto estava escuro mas não o suficiente pra ele ficasse camuflado no uniforme. A sua íris verde estava cravada na minha de um jeito autoritário, como se ele estivesse atento a qualquer barulho mínimo que pudesse fazer. Encurralada entre a porta e a muralha mascarada, erguia meu olhar pra ele numa tentativa de me comunicar não verbalmente. Não saberão que estive aqui ou não vou falar alto, eram algumas das frase que queria transmitir a ele. Conversar no silêncio era uma das muitas habilidades que havia desenvolvido após conhece-lo.

Konig pareceu entender o recado, afrouxando aos poucos a mão sobre a minha boca. No entanto, o olhar dele continuava intenso. Sério. Possessivo. Os dedos deslizavam lentamente por meus lábios, o polegar roçando a região ainda marcada pelos beijos de horas atrás até parar no meu queixo. Os olhos já não estavam mais nos meus, e sim perdidamente fascinados na minha boca. Konig fantasiava em seus próprios pensamentos.

Será que o corpo dele também ardia quando me beijava? Era nisso que ele tanto pensava?

Segurei em seu pulso, acariciando as costas da mão dele com o polegar. Konig abriu mais a palma da mão e segurou meu maxilar, inclinando meu rosto para o dele.

- achei que não usasse máscara pra dormir - susurrei ainda parada entre ele e a porta.

Konig me olhou de cima, as íris voltaram a atenção para meus olhos. A mão dele explorava minha pele, as carícias do polegar alternando entre minha bochecha e meus lábios.

- não vou dormir.

- eu sei - respondi sorrindo fraco. Eu estava ciente das intenções dele comigo, nossas provocações atingiram um limite do qual não pensei que fôssemos passar. No entanto, cá estamos nós. Meu corpo estremecendo a cada toque dele.

Quase que sem perceber, o puxei pelo cinto da calça, deixando meus dedos presos propositalmente ali. Ele estava colado em mim, sua cintura ficava em uma altura pouco abaixo do meu peito. Konig era alto e eu adorava isso. Senti algo grande roçar minha barriga, olhei pra baixo enxergando o volume imenso que ele escondia nas calças. O zíper lutava pra se manter fechado a medida em que o pau de Konig forçava o tecido. Konig era grande, ridicularmente imenso. Já tinha reparado em como seu uniforme apertava a virilha, destacando a extensão do membro, mas agora ele parecia ainda maior. Ali, tive a certeza de que Konig se excitava ao tocar em mim.

Konig • COD [+18]Onde histórias criam vida. Descubra agora