Caleidoscópio Emocional: Reflexos Do Coração

liberdade

Ela amava com intensidade, um amor unilateral,
Por alguém que nunca soube, um sentimento irracional.
Coração entregue sem medida, em um sonho tão real,
Mas a vida reservava surpresas, um novo amor a chamar.

Um segundo alguém cruzou seu caminho,
Despertando emoções adormecidas, um calor estranho.
Diferente do primeiro, esse amor era recíproco,
Mas o medo a dominava, como um estranho estrago.

Ela não queria se abrir para esse novo sentimento,
Com receio do desconhecido e do sofrimento.
A incerteza a assombrava, o coração em tormento,
Pois o próprio pai  deixou marcada, em lamento.

A garota ansiava por carinho e compreensão,
Mas a insegurança a impedia de aceitar essa paixão.
Os pais nunca demonstraram amor com dedicação,
Ela não sabia como ser amada, nem por qual razão.

Assim, entre o amor unilateral e o potencial reciprocidade,
A garota se via perdida em sua fragilidade.
O medo do novo a mantinha na obscuridade,
Sem coragem para arriscar, sem liberdade.

Liberdade era o nome que seus pais lhe deram,
Mas ela se sentia aprisionada, como um pássaro que clama.
Preso pela própria mente, pelo medo que a inflama,
E pelo estrago dos pais, que deixaram marcas na sua alma.

Voar era seu desejo mais profundo, desbravar os céus,
Mas as correntes invisíveis a mantinham refém dos seus.
A liberdade parecia um sonho distante, quase um adeus,
Enquanto a menina lutava contra os fantasmas e os breus.

Seu coração ansiava por leveza e felicidade,
Porém, o peso das lembranças do passado a prendia na saudade.
Os pais, com suas feridas abertas e falta de bondade,
Deixaram cicatrizes profundas, uma dolorosa verdade.

Ela era como um passarinho de asas cortadas,
Cantando uma melodia triste, em terras desoladas.
Buscava a liberdade que seu nome anunciava,
Mas se via enredada em correntes que a sufocavam.

Na gaiola da mente, a garota voa em sonhos,
Seu nome, liberdade, ecoa em ecos tristonhos.
Preso em pensamentos, como pássaro ferido,
Pelos estragos dos pais, seu voo é contido.

As asas quebradas pela sombra do passado,
Em sua alma, um canto de melodia abafado.
A liberdade no nome, um paradoxo a sofrer,
Entre os grilhões da mente, ela busca renascer.

Nos olhos, o reflexo de um céu que não alcança,
A dor profunda, como uma triste dança.
A menina que é pássaro, aprisionada na gaiola,
Espera a cura que a liberdade consola.

Oh, garota de nome livre, que a esperança te guie,
Rompe as correntes, no voo, tua alma revivie.
Encontra em ti mesma a força para voar,
Além do passado, um novo horizonte a desbravar.

Que a garota chamada Liberdade encontre o caminho,
Para romper as amarras do passado sombrio e mesquinho.
Que sua alma alce voo para além do destino,
E descubra a verdadeira liberdade no amor genuíno.