Caleidoscópio Emocional: Reflexos Do Coração

o fim tá perto

Quando os olhos evitam o rosto que um dia amei,
E as dúvidas se instalam, o coração se aperta, pensei.
Será que errei na escolha, na miragem do amor?
Ou apenas me perdi na sombra do temor?

Os amigos sussurram, as vozes ecoam,
Ele é estranho, dizem, um enigma que se entoa.
Nada de errado, é verdade, mas nada de certo também,
Uma planta no jardim, que não floresce, não tem.

Seu rosto, tão comum, não decora o ambiente,
Um desconforto crescente, um silêncio envolvente.
Onde está a paixão, a chama que um dia ardeu?
Onde está o amor, que se perdeu?

Em meio a essa névoa de incerteza,
Busco respostas na minha natureza.
Será que o amor ainda habita este lugar,
Ou é hora de partir, de recomeçar?

Mas mesmo na escuridão, há uma luz a brilhar,
Uma voz interior, a me guiar.
Se o amor desapareceu, ou se ainda resta um fio,
É hora de escutar meu coração, e seguir meu próprio rio.

Nas sombras da incerteza, meu próprio reflexo vejo,
Uma sobrancelha que une, um rosto cheio de ensejo.
Espinhas dançam pelo rosto, como estrelas sem rumo,
nos dentes tortos, um fardo, um resumo.

E ao lado, ele permanece, silente e sem voz,
Como um robô programado, sem traços, sem nós.
Nenhuma matéria favorita, nenhum hobby para amar,
Um personagem sem vida, sem cor, sem par.

Como lidar com essa ausência de alma, de paixão?
Como continuar nessa dança, nesse vão?
A resposta parece flutuar no ar, como uma folha ao vento,
É hora de buscar dentro de mim, o meu sustento.

Pois mesmo nas sombras, há uma luz a brilhar,
Uma força interior pronta a se manifestar.
É tempo de erguer-me, de encontrar minha verdade,
E seguir em frente, com coragem e liberdade.

Se o amor se perdeu, se o caminho se desfaz,
É hora de partir, de buscar uma nova paz.
Porque no fim das contas, sou eu quem escolho o meu destino,
E mesmo entre as sombras, posso encontrar meu caminho.