Hades
Fazia um tempo que eu não me sentia desejado por ninguém. Eu beijava Minta de uma maneira desesperada. Eu não tinha um relacionamento com ninguém a muito tempo. Acho que em parte eu precisava daquilo. Ela tinha me chamado para a sala denovo depois de eu ver oque Cérbero queria. Ela me puchou pela não para o quarto e não fui nada cuidadoso. Ela também não parecia querer isso.
Depois de nos saciarmos eu me deitei na minha cama com a ninfa deitada acima do meu corpo. Ela sorria e mantinha o rosto grudado no meu pescoço. Ela era esplêndida. Eu relachei o corpo tentando ao menos descansar um pouco a mente antes de sair de novo. Fazia tanto tempo que não dormia com ninguém que foi estranho fazer isso somente por pura vontade.
Eu recusava qualquer tipo de envolvimento com alguém que eu não tivesse um sentimento sólido. Eu conhecia a ninfa a pouco tempo. Mas depois de tudo que tinha acontecido eu sentia que precisava relaxar um pouco. Aquilo nem de longe foi fazer amor mas foi o suficiente para mim por aquele momento. Talvez eu pudesse conhecer a ninfa de maneira melhor para poder me interessar por ela além do físico. Ela também parecia aberta a me conhecer. Não sabia fazer aquilo. Mas ao menos deveria tentar. Eu precisava de uma rainha e ao menos ela não tinha tido medo do meu rosto assombrado.
Vesti uma toga e coloquei meu elmo. Saí do meu quarto deixando a ninfa nua na minha cama. Deixei um bilhete para lhe avisar que estava indo fazer minhas obrigações. Esperava que entendesse.
Andei um pouco pelo meu Castelo e fui ao salão de refeição. Fui atingido em cheio pela cara nada normal de Tânatos que me encarava como a verdadeira morte incarnada. E eu sabia que ele só tinha aquela expressão quando estava se banhando em raiva.
Eu pensei que o garoto fosse atirar um crânio na minha cabeça. Antes de eu dar um sorriso zombeteiro para aquele moleque.
— Eu não imaginava que voltaria tão cedo pirralho — provoquei mas ele manteve a expressão.
Eu não sabia como que um aprendiz de verdade era. Não deveria temer e ter respeito? O menino na minha frente só me encarava com uma promessa de vingança lenta e dolorosa nos olhos. E eu bem que imaginava qual seria o motivo.
— PORQUE NÃO FALOU QUE A TIA HÉCATE TAVA AQUI????
Eu ri de maneira anazalada quando ele fez um bico de raiva. Ele estava tão indignado que estava com a pele marrom mais vermelha que uma romã.
Hécate mimava tanto Tânatos que eu ficava preocupado. Eu não sabia como que ele ainda não tinha sido estragado por ela. Todas as vezes era a mesma coisa. Ele não queria treinar porque justamente Hécate falava que eu não dava ordens e era um rei de meia tigela. E quando ela estava aqui ao menos o pestinha concordava com ela sabendo muito bem que tinha um escudo invisível em sua volta para protegê-lo de mim.
— Qual é o prova que você tem contra mim? — questionei com uma careta mostrando os dentes de maneira debochada por dentro do elmo. Mas ele me conhecia o suficiente para saber me decifrar.
— ISSO!!!! — ele pegou do chão o filhote de três cabeças que parecia tentar morder Tânatos para brincar com ele. Cérbero fez uma carinha fofa e seus olhos brilharam quando me viram. Ele tinha crescido mais do que o esperado desde que chegou. E não fazia nem uma semana.
Ele latiu olhando para mim com as três línguas para fora. Eu me derreti. Não era possível um cachorro ser tão bonitinho.
— Isso se chama Cérbero, e é seu novo colega! E ele não prova nada!
— Como não? Você tem um fraco por cachorros e a tia Hécate é a única que sabe aonde conseguir um desses! — ele olhou para Cérbero com os olhos cintilando feito uma criança de dois anos que nunca viu um bichinho na vida — É porque só você ganha os presentes legais? Nem dá para acreditar que essa coisinha um dia poderá ser um cão de guarda! Olha para ele!!!
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A Flor Da Morte ( Em Revisão)
RomanceHistória de Hades e Perséfone de um novo ângulo nunca visto!