Nossa pequena 🌺

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Avisos

Nunca na minha vida fiz um romance que fosse tão demorado de acontecer. Mas gostaria de fazer algo caprichado que valha a pena no final. Mas para não deixar ninguém com vontade de me matar... Sim! Nesse capítulo temos momentos de Hades e Perséfone. Aliáis, qual é o ship desses dois? Alguém me responde porque eu não faço a menor ideia. Hadéfone??? Cara, esse ship ficou ridículo ksksksks.

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Hades

Eu acordei naquela manhã com Minta dormindo em cima de mim. Eu tentei sorrir mas estava cansado demais de tudo que tinha acontecido. Quando cheguei no Palácio de novo. A festa continuava como se eu não tivesse saído. Minta estava radiante nas roupas negras. Ela apenas me olhou por alguns segundos antes de me roubar um beijo desejoso na frente de todos. Levei um susto. Mas retribui o beijo e sorri como se não estivesse coberto da cabeça aos pés de terra.

Perséfone veio logo atrás de mim e Minta mudou o foco da atenção para a deusa ao meu lado. E pela primeira vez pareceu preocupada com a sujeira no nosso corpo todo. Corei quando imaginei oque aquilo poderia passar a entender. Mas a beijei de novo tirando tuda a expressão estranha da minha noiva. Explicaria depois oque havia acontecido.

A festa continuou. Mas não conseguia tirar os olhos de Perséfone. O rosto estava grudado em mim como se me analisasse com atenção. Aquilo foi definitivamente bem estranho. Mas tentei não a encarar de volta pela minha noiva estar com olhos de gavião na Deusa das flores.

— Querido, está na hora da festa terminar... Vamos para nosso quarto senhor?

Olhei para Minta que parecia convencida que eu a seguiria. Apenas acenei para os músicos continuarem e dei meu braço a ninfa que aceitou com dignidade.

Quando estávamos sozinhos imaginei que ela falaria qualquer coisa menos oque falou.

— Não gosto da Deusa das flores. Ela parece interessada em você.

Arregalei os olhos e meu coração pulou no peito. Não entendi por que aquilo havia me atingido de uma maneira tão estrondosa. Mas mesmo que eu me sentisse estranho tentei ignorar aquilo.

Levantei e coloquei meu elmo. Tentava também não pensar na forma que Perséfone ficava linda até quando chorava. Mas eu odiei ver ela daquela maneira. Parecia um sacrilégio um rosto tão bonito de uma alma mais preciosa ainda ter uma expressão de tanta dor. Suas palavras pareciam me seguir aonde quer que eu fosse. E aquilo de fato me encomodava de maneira estranha. Não era desagradável. Mas de certa forma era tão estranho aquelas palavras terem tanto valor para mim. Deveriam ter?

Fui até o lado de fora do meu quarto e segui pelos corredores. Fui até o quarto de Tânatos que dormia como uma pedra. Dei um beijo no topo da cabeça da criança e ele sorriu minimamente. Estava torcendo para ele não estar acordado e ter um motivo de me atormentar logo que falasse comigo.

Sorri e fui até o lado de fora do palácio. Algo estava incrivelmente diferente. Eu não sabia muito bem como que algo poderia mudar tão drasticamente. Mas na frente do meu palácio minha estufa estava cheia. Eu sempre gostei de flores. Tinha construído com o intuito de dar mais cor ao meu castelo negro. Não me pergunte porque. Mas digamos que sendo um lugar completamente sem luz eu somente tinha algumas plantas que poderiam florescer ali. Eram flores do mundo inferior que cresciam apenas ali. Era difícil encontrar plantas que não gostavam de sol.

Mas quando vi a estufa arregalei os olhos. Flores cresciam em todos os lugares. De todos os tipos e formas. De todas as espécies e cores. Meu queixo caiu levemente mas me aproximei. Eu dei a liberdade de Perséfone cuidar do meu jardim. Mas não fazia a menor ideia que ela ia transformá-lo em um santuário para plantas.

A Flor Da Morte ( Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora