A verdade

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Hades

Eu estava tão fundo dentro dela que era difícil resistir rugir para que o universo ouvisse meus gritos de prazer.

Mais fundo, mais rápido, mais forte.

As súplicas da minha esposa não acabavam quando eu a pegava de quatro em cima da cama. O corpo tremendo de tanto prazer que vivenciamos desde quando nos entregamos pela primeira vez um ao outro algumas horas atrás. E até agora eu contava todas as vezes que fazia ela gozar e como ela gostava. Estava viciado nela.

— Hades... — Percéfone falava meu nome como uma canção antiga e magnífica. E a cada estocada eu me sentia mais vivo.

— Minha rainha gosta tanto que eu a pegue por trás assim, não é?

Ela praguejou quando gozou de novo lubrificado ainda mais sua intimidade. E quando ela me estrangulou entre suas paredes meu corpo não aguentou o prazer.

Gozei escorrendo meu líquido para dentro da rainha do submundo. Acho que nunca me cansaria disso. De estar ao lado dela e amá-la como nunca amei ninguém.  Era uma coisa única e inquebrável pela distância.

— Eu amo você — ela proferiu cansada e eu sorri casto para ela. Nada no mundo me pareceu mais lindo.

Ela dormiu nos meus braços para descansar depois de toda a noite agitada e a madrugada aonde ela me acordou para me montar. Nunca tive uma visão tão divina. A doce deusa das flores me cavalgando enquanto seus seios acompanhavam suas quicadas.

Meu sorriso foi realmente genuíno.

Quando acordamos novamente eu sentia que tinha que falar toda a verdade.  Mostrar a ela tudo que eu era. Desde o princípio. Já estava claro para mim que nunca gostaria de esconder nada da minha rainha.

— Quero te contar tanta coisa, amor — comentei acariciando os cabelos sedosos da minha esposa.

— O que? — ela se distraiu circulando meu mamilo e eu serrei a mandíbula.

— Você já sabe de muita coisa. Mas deixe-me mostrar quem eu sou sem nada nos impedindo.

Ela pareceu confusa mas acentiu mesmo assim e meu peito se apertou pela história longa que deveria revelar. Então minha decisão foi mostrar para ela a verdade. Para vê-la com os próprios olhos.

Ainda estávamos naquela sala isolada perto da sala dos tronos. Mas guiei minha esposa pela mão para o único lugar que sabia ser bem visto sem barreiras.

Hécate estava ao lado das parcas em um divã ornamentado comentando sobre coisas aleatórias quando eu e Percéfone entramos pela porta.

Minha amiga soube assim que me viu o que eu pretendia fazer. Ela sempre sabia. Até antes de todos os problemas começaram. E até depois de me jogar milhões de vezes no Rio Lete ela sempre soube o que fazer e como agir. Sempre dependi das suas apostas e opiniões. Mas não agora...não naquele momento.

— Nos mostrem a história do rei do universo.

Percéfone me encarou. E ela percebeu. Não rei dos deuses. Não rei dos mortos. Mas do universo. E ela sabia de quem eu me referia.

— Nosso príncipe quer mostrar suas fraquezas para sua rainha... isso não me é estranho — comentou Láquisis bem humorada.

Cloto, Láquisis e Átropos eram as fazes do destino. Presente, passado e futuro. Todas as três eram as criaturas que continham o segredo do conhecimento. Era diferente de Atena. As três velhas eram muito mais antigas e misteriosas.

Ouvindo a frase da deusa Percéfone me encarou. Ela não sabia o quanto a frase fazia sentido para mim. Ou fez para quem veio antes de mim.

Elas nos guiaram até uma sala vazia. Nem eu sabia o que encontraria. Esperava que as moiras mostrassem para Percéfone o motivo de eu ser quem sou. E como de costume elas deram as mãos em uníssono e nos guiaram até o meio da sala.

A Flor Da Morte ( Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora