Cap. 39 - Amanhecer.

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Pov. FLÁVIA:

F- Nãooo.... - Gritei quando ouvi um barulho de tiro saindo entre o corpo daquelas duas.

- Carla juntou seu corpo com o de Olivia na intensão de tomar a arma da mão dela e foi nesse momento que um tiro foi disparado e a porta velha daquela casa foi arrombada por um policial.
Eu vi a Carla andando para trás em passos lentos enquanto segurava a arma em suas mãos apontada em seus peitos, ela vira o rosto em minha direção e me olha com um olhar desesperado e angustiado, ela acabou atirando nela mesma, aos poucos ela foi caindo colocando um joelho no chão e depois o outro, ela solta a arma no chão e cai de uma vez deitando todo o seu corpo no chão, ela ainda continua me olhando e segundos depois fecha os olhos, uma imensidão de sangue surge por debaixo de seu corpo sujando todo aquele piso velho daquela casa abandonada onde ela prendeu sua própria filha, no meio de tanto barulho eu ouvia um silêncio, a minha mente parecia desligada naquele momento, ela se foi, a mulher que um dia eu sonhava em ser a minha maior motivação, atirou na altura de seu próprio coração.

- Olhei pra Olivia que já me olhava assustada e com os olhos arregalados, ela tinha suas duas mãos na boca e balançava sua cabeça de um lado para o outro enquanto susurrava um: Não fui eu.
Por mais que tudo isso fosse muito difícil eu não conseguia chorar, mas uma dor forte se fazia presente em meu peito, uma dor por ver aquela cena, uma dor pela minha infância e juventude que só queria um amor e carinho de mãe, uma dor por tudo o que ela já fez e principalmente uma dor pela vida de pessoas tão especiais que ela tirou. Os meus avós, o meu pai e a tia Catarina não mereciam nada do que a Carla fez com eles, eu não mereço sofrer a morte de alguém que nunca me amou e só me desprezava, eu não queria sentir isso mas "alívio" é o nome do maior sentimento que eu estou sentido agora.












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Pov. LUIZA:

- Acho que uma das piores coisas que já ouvi na minha vida foi: a Carla fugiu da prisão. Percebi que Valentina demorou um pouco para chegar em casa depois que saiu pra ir aqui pertinho em uma panificadora, quando ela chegou vi em seu rosto uma expressão preocupada e até assustada com alguma coisa, e quando ela me contou que a tia dela tinha fugido da prisão eu praticamente proibi que ela saísse de casa até que tudo já estivesse resolvido, chega desse tipo de emoção eu não aguentaria passar por tudo aquilo de novo e tenho certeza que os meus filhos também não.

- Passamos quase a tarde toda brincando na casinha da árvore com os nossos filhos e ali eu tinha certeza e fé de que tudo logo ia se resolver. O meu sogro também passou a tarde toda em nossa casa, ele também tinha medo de que acontecesse mais alguma coisa de ruim com Valentina ou com alguma outra pessoa da nossa família. Depois que eu e Valentina fomos colocar nossos filhos para um soninho da tarde, ficamos na cozinha conversando com Marco que logo recebeu uma ligação do investigador Issac.

V- O que aconteceu, pai? - Valentina perguntou após ele desligar o celular.

M- A Carla, ela... - Suspira. - A Carla morreu!

L- O quê?

M- (Marco contou tudo o que o investigador falou)

L- Como é que a pessoa tem coragem de fazer isso com a própria filha? - Falo me referindo ao que ela fez com a Flávia.

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