30.

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Sem alarmes e sem surpresas.”
No Surprises - Radiohead

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Acordo com seu corpo grudado ao meu, meu braço em volta da sua cintura e peito colado nas suas costas enquanto sua bunda está encaixada no meu pau. Afundo meu rosto em seu pescoço inspirando o seu aroma entre os fios dos seus cabelos. Nunca imaginei que dormir com alguém seria tão bom. Na verdade, dormir com ela.

— Que horas são? — pergunta, sonolenta.

— Quatro — respondo segurando-a com mais força.

Então ela gira o corpo ficando de frente para mim e me olha com um vinco entre as sobrancelhas.

— Por que acorda tão cedo? — resmunga.

Sorrio com o seu tom cheio de indignação.

— Preciso apenas de algumas horas de sono — explico afastando uma mecha de cabelo que caiu sobre seu rosto, empurrando-a para atrás da sua orelha.

— Pouca comida, poucas horas de sono, o que mais?

Pouso uma mão em sua cintura, apertando com força, arqueio a sobrancelha, e logo ela revira os olhos.

— Muitas horas de sexo — digo.

— Ah, mas me conte uma novidade, Aros.

Rindo, ela espalma as mãos no meu peito e me empurra, deixando-me de costas na cama, e rápido sobe em meu colo apoiado uma perna em cada lado.

— Não vou deixar você levantar até que o meu sono passe — informa.

Não vejo como isso pode ser uma coisa ruim. Principalmente, considerando que ela está
nua.

— Cárcere privado? — pergunto roçando os dedos ao lado do seu seio.

— O jogo virou — declara rindo baixinho.

— Bom, não sei se isso realmente é válido, uma vez que não tenho o menor desejo pela minha liberdade.

Puxo-a pelo pescoço para mim, beijando-a.

Tenho questões a serem resolvidas, mas não possuo a menor intenção de fazê-lo.

Ela ri, e se afasta.

— Ótimo, mas você precisa ficar quietinho pra eu poder dormir — murmura.

— Está me mandando calar a boca?

Nada além do silêncio como resposta, até que, sorrateiramente, como a safada que é, sua mão desliza do meu peito para o abdômen, e continua descendo…

Meu pau que parece ter vida própria e pensa com a própria cabeça, está latejando desde que acordei e senti sua bunda se esfregando.

— Eu estava, mas, lembrei do quanto gosto quando você fala coisas… — Heart passa o dedo pela glande, e solta um gemido gostoso quando o sente molhado na ponta — Posso pegar o
que eu quero? — sussurra.

Não foi um pedido de verdade, já que ela não dá tempo o suficiente para uma resposta.

— Porra! — rosno com os dentes cerrados quando sua mão fecha em volta do meu pau — Sim… — completo empurrando os quadris em sua direção.

All for Heart Parker.Onde histórias criam vida. Descubra agora