“Toda vez que fecho os olhos
É como um paraíso sombrio
Ninguém se compara a você”.
Dark Paradise - Lana Del Rey-
Sempre tive o sono leve, qualquer barulho - por menor que fosse - era o suficiente para me despertar. E, é assim que acordo, escutando a porta do quarto dele bater.
Meu coração dobra os batimentos cardíacos na mesma proporção que um frio na barriga surge. Uma sensação de euforia misturada com receio me atinge. Euforia por sentir a sua falta, admitir isso foi difícil, tentei me enganar, fingindo ser apenas o sexo, mas, senti saudade do cheiro, dos braços em volta do meu corpo, a voz grave e rouca, o sorriso convencido… não, essas coisas não são nada sexuais. E me sinto receosa, porque não faço ideia de como ele irá
reagir.Mesmo assim, com toda a insegurança, não consigo me manter na cama, então eu me levanto e sigo para o seu quarto, porém, o encontro vazio, olho no banheiro e nada, nenhum sinal. Sigo para a sala e quando chego, finalmente eu o vejo.
Depois de dois dias.
Que pareceram uma eternidade.
Nos entreolhamos, seu semblante é sério, seus olhos estão frios e distantes, seu maxilar está marcado, algo que notei, que só acontece quando está zangado. Desço os olhos e observo o peito nu, depois a barriga definida por oito gomos, perfeitos. Vestindo apenas uma calça preta e
coturnos, com um coldre preso em volta da cintura onde duas adagas estão acomodadas.Respingos de um tom vermelho cobrem uma boa parte do seu antebraço e mãos. Sangue,
concluo.Ele desvia os olhos dos meus, então caminha até o bar, lentamente, me dando a visão das costas largas e marcadas pelos seus músculos.
Sem dizer uma palavra, pega a garrafa de whisky, enche o copo e depois vira, bebendo o líquido em apenas um gole.
Engulo em seco, não sabendo o que esperar, se devo dizer algo ou me manter em silêncio e esperar que ele tome a iniciativa. Nunca o vi assim, nem quando atirou em James. Me sinto completamente no escuro.
— Esse sangue é seu? — questiono, preocupada com ele.
Me encara, seus olhos se estreitam, tentando me ler, e com apenas um meneio de cabeça, ele nega.
Assinto aliviada, e relaxo os ombros soltando uma lufada de ar que eu não sabia que estava preso.
Diga algo, qualquer coisa.
Faço menção de me aproximar, mas, assim que dou um passo em sua direção, ele me interrompe erguendo a mão no ar.
— Não. Não se aproxime — seu tom de voz é frio, quase cortante e um arrepio sobe pelo meu corpo inteiro.
— Por quê?
Aros tomba a cabeça de lado, então estala a língua.
— Porque não vou conseguir me controlar e não serei gentil, Heart. Então, volte para o seu quarto, e amanhã nos falamos.
Mordo o lábio compreendendo, mas isso não diminui o desejo por ele. Uma parte minha, está gritando na minha mente. Pedindo por isso. Desejando ver o seu pior. Foram dois dias fantasiando e ansiando por ele. Por essa razão, eu me pego caminhando em sua direção, mesmo
depois do seu aviso. Ao chegar em sua frente, um sorriso maligno surge em seus lábios, tão perigoso quanto letal, mas hipnotizante.Ele leva uma mão atrás da minha nuca, enroscando-a nos fios do meu cabelo, segurando com força enquanto a outra mão encaixa em minha cintura, afundando os dedos.
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All for Heart Parker.
Fanfiction* REPOST * Dark Romance. Descobri cedo demais e da pior forma que contos de fadas não existem, e que, nem sempre heróis são os mocinhos. Heart não é meu nome, mas é como ele gosta de me chamar, e eu deixo, por que uma parte minha - por mais que eu n...